VIOLÊNCIA INFANTIL: A DIFICULDADE DE IDENTIFICAR E NOTIFICAR O ABUSO.
Laura Silva Assunção*; Mariana Rocha Figueiredo*; Eumara Barbosa Silva**

No Brasil, em 2010 foram registrados 12.487 novos casos de violência sexual infantil. (SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS DA PRESIDENCIA DA REPÚBLICA-SDH). Em 2011 só no primeiro trimestre foram 4205 casos (MINISTERIO DA JUSTIÇA). Em Belo Horizonte, um aumento no número de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual atendidos no serviço PAEFI-BH, de 741 em 2010 para 968 em 2011, destas, 57% foram vítimas de abuso intrafamiliar.(ASSOCIAÇÃO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL). O tema é desconfortável para muitos médicos, seja pelo treinamento insuficiente, seja pelo desconhecimento das dimensões do problema. Entretanto, é fundamental reconhecer os aspectos físicos e psicológicos de uma criança agredida, diminuindo assim, complicações futuras como danos psicológicos que acompanham o agredido durante toda sua existência (GODIN, 2011). Politica de prevenção contra o abuso sexual deve e pode ser feita. Dando visibilidade ao problema, reforçamos o conceito que violência é cultural e pode ser eliminada (MINISTERIO DA SAUDE). Esse projeto visa orientar médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde (ACS) para a identificação de crianças vitimas de abuso sexual e a importância da notificação, afim de evitar maiores danos à saúde física e mental de crianças e adolescentes. Os materiais e métodos consistirão em estratégias de orientação de profissionais de saúde para auxiliar na identificação de crianças e adolescentes vitimadas a partir de sinais físicos e comportamentais nos postos de saúde de Belo Horizonte vinculados à UNIFENAS-BH. Esses métodos consistem em três etapas: a primeira será a aplicação de questionários (Adaptado a partir de instrumento utilizado por Hazzard e Rupp (1986)) para obter dados do conhecimento e do procedimento feito pelos profissionais de saúde quando se deparam com uma situação de violência, em seguida haveria a aplicação de seminários e panfletos com base nos dados já obtidos com o intuito de aprimorar os seus conhecimentos prévios e por ultimo novas palestras e coleta dos dados serão realizadas a cada três meses no período de um ano para avaliar a eficácia do projeto.

*Professoras da UNIFENAS - Campus de Belo Horizonte - MG.
**Acadêmica da UNIFENAS - Campus de Belo Horizonte - MG

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