CORREÇÃO DE ERROS DE REFRAÇÃO OCULAR EM CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE BELO HORIZONTE E ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO DAS MESMAS.
Juliana Carneiro Drumond*; Nathália Novaes Cosenza*; Nathália Melo Vieira*; Fabiano Guimarães**; Cristian Morato de Castilho**; Célia Aparecida Andrade de Araújo****.
A visão é um dos mais importantes sentidos para um bom desenvolvimento físico e cognitivo da criança. Sendo assim, o desenvolvimento motor e a capacidade de comunicação de uma criança com deficiência visual tende a ser prejudicada, podendo comprometer seu aprendizado. Os problemas de refração são prevalentes na população brasileira e interferem no rendimento escolar de crianças e jovens. Sendo assim, o diagnóstico precoce de doenças e o tratamento efetivo permitem que a criança possa ter uma melhor integração com o seu meio. Esse fato torna-se especialmente importante nas crianças, pois a maturação visual ocorre até o sétimo ano de vida. (Graziano, 2005). Avaliar os erros de refração em crianças de 4 a 6 anos de uma escola pública em Belo Horizonte, corrigi-los e correlacionar com alterações do comportamento das mesmas. A avaliação será feita pelos pais após 6 meses da intervenção. Realizar uma triagem da acuidade visual das crianças, na faixa etária dos 4 aos 6 anos de idade, matriculadas na creche Vírgílio Pedro de Almeida e na escola municipal Hebert José de Souza, localizadas no bairro Novo Aarão Reis. Serão enviadas cartas a todos os responsáveis, com uma apresentação do projeto e um convite marcando uma reunião para melhores explicações, sendo então assinado o termo de consentimento livre e esclarecido pelos pais que concordarem com a participação de seu(s) filho(s) . A triagem será feita através de uma anamnese dirigida, ectoscopia, avaliação da motilidade ocular, teste de cover-uncover, teste de cores, teste esteroscópico e teste de Snellen. Acreditamos ser uma triagem viável e de fácil execução, dado que não exige alto nível de especialização do examinador, tendo esse processo de triagem um custo ínfimo e acurácia de 87,1% (SOLDERA; 2007). As crianças que possuírem alterações significativas ao exame de triagem, serão posteriormente examinadas pelos médicos e pela oftalmologista responsável pelo projeto e será providenciada a correção da refração, quando necessária. Após seis meses da intervenção, será aplicado um questionário fechado aos pais abordando sobre alterações no comportamento da criança durante o dia a dia.
* Acadêmicos do curso de medicina da UNIFENAS-BH;
**Docente do curso de medicina UNIFENAS-BH e coordenador da LMMFC/Liga Metropolitana de Medicina de Família e Comunidade.
*** Docente do curso de medicina UNIFENAS-BH.