ACIDENTES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: ESTRATÉGIAS DE AMPARO ÀS VÍTIMAS PÓS-TRAUMA ATRAVÉS DA ATUAÇÃO DE ACADÊMICOS E PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SAÚDE.
Mário Alves de Oliveira Neto*; Joyce Luciana de Oliveira Costa*; Núbia Regina Alencar de Freitas*; Patrícia Bernardes Silva*; Thiago Henrique de Oliveira*; Virgínia Guerra Moreira*; Eliane Basques Moura**; José Gilberto de Brito Henriques**.
A infância compreende o desenvolvimento do indivíduo do nascer aos 15 anos, de tal modo a dividir-se em fases, cada qual com suas peculiaridades e cuidados. Para tal, o acompanhamento e a instrução podem ser fundamentais como meios profiláticos em diversos aspectos. Pesquisas recentes apontam que, a cada ano, 120.000 pequenos brasileiros morrem e outros 360.000 sobrevivem com incapacidade física permanente devido aos acidentes. Segundo o Ministério da Saúde, as mortes no Brasil por esta causa dobraram em número nas duas últimas décadas (BLANK, 2005). Estudos apontam que a probabilidade e a natureza dos acidentes banham-se numa tríade simples e analisável: o agente causador (qualquer que seja), a criança (cujo estado de desenvolvimento permite prenunciar riscos) e o ambiente ao qual esta se inclui (situação física e psicossocial desta e de seu núcleo). Entre as principais injúrias nota-se predominância de crianças do sexo masculino (59,6%) e na faixa etária de 7 a 12 anos. Há, ainda, a preponderância das quedas (44,9%), seguidas por acidente de trânsito (24,0%), aspiração de corpo estranho (8,7%), queimadura (6,8%) e intoxicações (5,0%) (MARTINS, 2006). Tais vítimas – e seus cuidadores – carecem de cuidados pós-traumáticos voltados à recuperação e reabilitação, através de um atendimento eficaz e resolutivo, com diminuição das sequelas e reintegração no contexto familiar e social. Objetiva-se, portanto, treinar profissionais de saúde e acadêmicos para que auxiliem as famílias neste momento delicado, provendo informações acerca do manejo de feridas e nos cuidados essenciais das áreas de lesão, viabilizando o potencial pleno de recuperação da criança. Pretende-se integrar o projeto às Unidades Básicas de Saúde, nas quais as crianças poderão ser triadas após alta hospitalar e posteriormente acompanhadas por pequenas equipes de monitoramento capacitadas e multidisciplinares.
*Acadêmicos do curso de medicina da UNIFENAS-BH;
**Docente do curso de medicina e coordenador da LIRACIR/Liga de Raciocínio Clínico-Cirúrgico da UNIFENAS-BH.