IMPLICAÇÕES DAS QUEDAS NA QUALIDADE VIDA E LONGEVIDADE EM IDOSOS: UMA ABORDAGEM PREVENTIVA
Núbia Regina Alencar de Freitas*; Thiago Henrique de Oliveira*; Joyce Luciana de Oliveira Costa*; Mário Alves de Oliveira Neto*; Patrícia Bernardes Silva*; Virgínia Guerra Moreira*; Eliane Basques Moura**; José Gilberto de Brito Henriques**.

Segundo Kauffman (2001), o envelhecimento representa a passagem do tempo, não a patologia. Pessoas de todas as idades apresentam risco de sofrer queda. Atualmente, a fratura do fêmur está entre as lesões traumáticas mais comuns na população idosa e pode ocorrer na região proximal, distal ou ainda na diáfise femoral. Tais fraturas são as mais graves fraturas no idoso, requerem hospitalização e tratamento cirúrgico (FERNANDES et al., 2011). Essas fraturas em idosos são causadas, geralmente, por traumas pequenos e não intencionais como as quedas, que ocorrem por debilidade decorrente da senescência e ainda dependem de fatores extrínsecos (FRÉZ, 2003). Aproximadamente um terço das pessoas com mais de 65 anos que moram em comunidades e mais da metade que moram em instituições caem todos os anos, mas cerca de 5% resultam em fratura. Seu custo social é imenso e torna-se maior quando o idoso tem diminuição da autonomia e da independência ou passa a necessitar de institucionalização (FABRÍCIO; RODRIGUES & COSTA, 2004). Estima-se que em 2050 o número fraturas osteoporóticas alcance 6,26 milhões em (JOHNELL; KANIS, 2005), o que pode se tornar um agravante para a população idosa. Tendo em vista que a queda é o mais sério e frequente acidente doméstico que ocorre com os idosos e a principal etiologia de morte acidental em pessoas acima de 65 anos (FULLER, 2008), sua prevenção é de importância ímpar pelo seu potencial de diminuir a morbimortalidade, os custos hospitalares e o asilamento consequentes. Nesse sentido, a prevenção pode melhorar a saúde como um todo, sendo sua prática especialmente importante para a faixa etária mais idosa (BUKSMAN et al., 2008). Os objetivos deste trabalho são: 1) reunir informações sobre epidemiologia e principais fatores envolvidos nas quedas em idosos; 2) colaborar para orientação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), familiares de idosos, bem como profissionais que atendem ao idoso; 3) desenvolver estratégias que facilitem profissionais a implementarem informações sobre prevenção de quedas, respeitando particularidades do idoso como: quadro clínico, estrutura familiar e moradia. Diante do exposto, justifica-se a realização deste estudo uma vez que existe uma alta morbimortalidade relacionada á fratura nos idosos, ademais, medidas preventivas como enfoque em redução da dependência, o tempo de cuidado, número de procedimentos terciários (cirurgias), reduzindo dessa forma os custos para o Sistema de Saúde. Como metodologia, estabeleceu uma revisão de literatura, com posterior acompanhamento longitudinal para levantamento de dados, execução dos objetivos e realização de manuscritos científicos.

* Acadêmicos do curso de medicina da UNIFENAS-BH;
** Docente do curso de medicina e coordenador da LIRACIR/Liga de Raciocínio Clínico-Cirúrgico da UNIFENAS-BH.

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