INTERVENÇÕES NA ESCOLA E COMUNIDADE COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO AO TRAUMA INFANTIL.
Patrícia Bernardes Silva*; Joyce Luciana de Oliveira Costa*; Mário Alves de Oliveira Neto*; Núbia Regina Alencar de Freitas*; Thiago Henrique de Oliveira*; Virgínia Guerra Moreira*; Eliane Basques Moura**; José Gilberto de Brito Henriques**.

As causas externas destacam-se no perfil da morbimortalidade de jovens e crianças no Brasil, configurando importante problema de saúde pública. Excetuando as afecções perinatais, esse grupo é responsável pelo maior número de óbitos envolvendo a faixa etária de 0 a 19 anos no país. Nos anos de 2006 e 2007 as crianças (idade < 10 anos) representaram cerca de 20% dos atendimentos em serviços de emergência no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde (MALTA, 2005). A maior proporção de acidentes ocorreu no ambiente domiciliar (60%), seguido da via pública, escola e local de prática de esporte. As quedas e as queimaduras tiveram maior participação no grupo etário com idade menor que 1 ano, enquanto os acidentes de transporte e os demais tipos de acidentes apresentaram maior frequência entre as crianças com idade acima de dois anos (MALTA, 2005). Este projeto tem o objetivo de realizar intervenções educativas nas escolas e na comunidade, a fim de fornecer informações necessárias para evitar acidentes envolvendo crianças no transito, no lar e em ambientes de lazer. As intervenções se justificam pelo fato de que, na faixa etária pediátrica, grande parte das lesões por causas externas são consideradas evitáveis. A adoção de atitudes de segurança passiva, ou seja, aquelas tomadas por pais e cuidadores poderiam reduzir significativamente a incidência destas lesões. O projeto utilizará como metodologia a capacitação de acadêmicos e a realização de reuniões de pais e professores de crianças em escolas e centros de saúde de Belo Horizonte. Nestas reuniões, um grupo de acadêmicos capacitados irá ministrar palestras, utilizando linguagem simplificada e materiais interativos para exemplificar situações de perigo e atitudes para preveni-las, além de incentivar o cuidado e a necessidade de supervisão responsável constante das crianças, uma vez que esta atitude pode evitar até 43% das lesões traumáticas não intencionais nesta faixa etária (LANDEN, 2003). As palestras serão seguidas de um espaço para o compartilhamento de experiências entre pais, professores e cuidadores a fim de sedimentar a importância dos cuidados transmitidos.

* Acadêmicos do curso de medicina da UNIFENAS-BH;
** Docente do curso de medicina e coordenador da LIRACIR/Liga de Raciocínio Clínico-Cirúrgico da UNIFENAS-BH.

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