I SINAIS - SINALIZAÇÃO DE APOIO À INCLUSÃO SOCIAL
Maria Cristina da Silva*; Sandra de Souza Alves*; Rosamaria Silva Hattge de Oliveira*; Gerusa Terra*; Renata Santinelli*

Ações pautadas nos direitos humanos são propostas que respeitam as diferenças e promovem equidade a todas as pessoas independentemente de condições e diferenças. Compreender o intuito de documentos como a Lei de Acessibilidade - 10.098/2000 - que garante ao indivíduo estar nos espaços de maneira equânime, ou a Carta para o Terceiro Milênio (1999), que convida a humanidade a entrar em ação na tentativa de eliminar barreiras, inclusive atitudinais; e a Declaração de Salamanca (1994), que tem como meta a inclusão social, é reconhecer a necessidade de novas posturas e compreensões. A educação inclusiva vem sendo inserida nas culturas mundiais a fim de resgatar a humanização e nessa perspectiva, a legislação educacional vigente - Lei de Diretrizes e Bases – LDB 9394/96, cuja máxima é educação para todos e, especificamente no capitulo V, que explica e sugere a inclusão de alunos com necessidades especiais, preferencialmente no ensino regular, e considerando políticas internacionais que comungam do desejo de minimizar ações excludentes, (substrato eficaz no sustento de preconceitos fomentando desigualdades), tem sido elementos norteadores para as novas práticas na educação bem como em outros segmentos sociais. Sendo assim, a sociedade vivencia mudanças significativas no que tange às interações com as pessoas diferentes. Entender a inclusão da pessoa surda equivale pensar em comunicação como fator imprescindível para expressão do pensamento, percepção e interação com o universo que cerca a todos, e, portanto, questão primordial para que tal inclusão aconteça. De acordo com o decreto 5626 de 22 de dezembro de 2005, a pessoa surda tem direito a um intérprete em todos os segmentos sociais bem como um atendimento que contemple sua condição considerando o fator língua. No entanto, existem muitas dúvidas que envolvem a inclusão de surdos e a Libras – Língua Brasileira de Sinais. Profissionais de várias áreas de atuação não se sentem preparados para desenvolver um trabalho que atenda a pessoas com surdez. Por compartilhar do desejo de igualdade de oportunidades e atentando para a necessidade da difusão da Língua Brasileira de Sinais e todo seu entorno, foram realizados Seminários e Fóruns Regionais de Libras, a partir das presenças de coordenadores, profissionais da educação, educação especial, instrutor, intérprete, alunos do curso de Extensão em Libras, alunos do curso de Pedagogia e demais convidados envolvidos com a inclusão de surdos, abordando temas como: "Libras e a Inclusão de Surdos", nos aspectos legais, sociais e culturais. Além de atingir o mencionado propósito, os eventos proporcionaram uma mostra de que a inclusão de pessoas surdas é possível. De 2009 a 2012 foram realizados quatro Fóruns de LIBRAS, oferecidos Cursos de Extensão em LIBRAS nos municípios de Alfenas, Areado, Boa Esperança, Campo do Meio, Campos Gerais e Divisa Nova e certificados centenas de profissionais para atuarem como intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Em 2013, realizou-se, no dia 9 de novembro, na Praça Getúlio Vargas, em Alfenas, o I SINAIS - Sinalização de Apoio à Inclusão social. O evento teve a participação de alunos de vários cursos da Universidade, do Conselho de Portadores de Necessidades Especiais, estandes com vacinação e teste de Rimne e de ostocopia; oficina de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais); residências terapêuticas; número musical e peça de teatral em LIBRAS; exposição de material pedagógico adaptado; pintura na face de crianças e demonstração de esportes adaptados e também a participação do NIPA (Núcleo Interdisciplinar de Proteção Animal).

*Professores da UNIFENAS, câmpus de Alfenas – MG.



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