PROTEGENDO SEU CORAÇÃO II
Cinthia da Silva Moura Neca*; Ana Maria de Abreu*; Vanessa Rocha*; Lidiany Maria de Oliveira Souza**; Sabrina Aparecida Pedroso**; Pamella Maynara Santos**; Amanda de Carvalho Pereira**; Adriana Rita de Cássia Silva**.

Ações de promoção e proteção da saúde são fundamentais para a reorientação dos modelos assistenciais, sendo uma estratégia de articulação transversal que objetiva a melhoria na qualidade de vida e a redução dos riscos à saúde, através da construção de políticas públicas saudáveis, que proporcionem melhorias no modo de viver (ASSIS; BARRETO, 2006). As doenças cardiovasculares representam hoje no Brasil a maior causa de mortes; o número estimado de portadores de Diabetes e de Hipertensão é de 23.000.000; cerca de 1.700.000 pessoas têm doença renal crônica (DRC), sendo o diabetes e a hipertensão arterial responsáveis por 62,1% do diagnóstico primário dos submetidos à diálise. A intensidade das intervenções preventivas deve ser determinada pelo grau de risco cardiovascular estimado para cada indivíduo e não pelo valor de um determinado fator. Em termos práticos, costuma-se classificar os indivíduos em três níveis de risco - baixo, moderado e alto - para o desenvolvimento de eventos cardiovasculares maiores. Os eventos tradicionalmente computados incluem morte por causa vascular, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (Cadernos de Atenção Básica - n.º 14 - MINISTÉRIO DA SAÚDE). A pressão arterial alta, conhecida como Hipertensão Arterial Sistêmica, pode resultar de uma alteração no débito cardíaco, uma modificação da resistência periférica ou de ambas (SMELTZER et al., 2009). Sabe-se que, no Brasil, dentre as causas de óbitos conhecidas, 33% envolvem as doenças cardiovasculares (BARRETO et al., 2000). Estudos de prevalência da hipertensão no Brasil revelam valores de prevalência entre 7,2 e 40,3% na Região Nordeste, 5,04 a 37,9% na Região Sudeste, 1,28 a 27,1% na Região Sul e 6,3 a 16,75% na Região Centro-Oeste. Esses estudos de prevalência são importantes fontes de conhecimento da frequência de agravos na população: servem, também, para a verificação de mudanças ocorridas após as intervenções (PASSOS, ASSIS e BARRETO, 2006). Nos últimos anos, observa-se o aumento do número de estudos transversais para estimar a prevalência da hipertensão arterial. Para Moreira, Moraes e Luiz (2011), a HAS é uma enfermidade, geralmente, desconhecida e que exige uma complexidade de recursos necessários para seu controle, como serviços médicos, pessoal treinado e medicamentos. Considera-se hipertensa a pessoa que, medindo a pressão arterial em repouso, apresenta valores iguais ou acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg). Hipertensos têm maior propensão para apresentar comprometimentos vasculares, tanto cerebrais, quanto cardíacos. Nos casos de hipertensão leve, com a mínima entre 9 e 10, tenta-se primeiro o tratamento não medicamentoso, que é muito importante e envolve mudanças nos hábitos de vida. A pessoa precisa praticar exercícios físicos, não exagerar no sal e na bebida alcoólica, controlar o estresse e o peso, levar uma vida saudável. Apenas metade dos portadores dessa doença (50%) recebe algum tipo de assistência médica para seu controle. Esse projeto teve por objetivo, o desenvolvimento de uma ação de educação, conscientização e promoção da saúde da população do município de Divinópolis. Estudos epidemiológicos de base populacional são fundamentais para se conhecer a distribuição da exposição e do adoecimento por hipertensão no País e os fatores e condições que influenciam a dinâmica desses padrões de risco na comunidade. A identificação dos maiores fatores de risco para doenças cardiovasculares, de estratégias de controle efetivas e combinadas com educação comunitária e monitoramento-alvo dos indivíduos de alto risco contribuíram para uma queda substancial na mortalidade, em quase todos os países desenvolvidos.

*Professores da UNIFENAS, câmpus de Divinópolis-MG.
**Acadêmicos da UNIFENAS, campus de Divinópolis-MG.


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