SAÚDE DO TRABALHADOR RURAL NA REGIONAL DE SAÚDE DE ALFENAS: AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE UMA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE EM FASE DE IMPLANTAÇÃO
Silvério, A. C. P.*; Graciano, M. M.C.*; Nogueira, D. A.**; Simões, J.S.***; Machado, S. C.***; Carvalho, R. M.****; Martins, M.****; De Assis, J.****; Melo, M. A.****; Ayusso, L.****; Massoli, T.****; Silveira, B.****; Peixoto, G.****; De Oliveira, J. P.****; Pereira, V. O.****; Couto, T.****; Gusmão, B.****; Batista, G.****; Silveira, E.****; Alves, D.****; Souza, C.****; De Barros, K.****4; De Oliveira, M.****; De Almeida, H.****; Silva, J.****; Carvalho, T.****; Lemos, A.****; Santaina, F.****; De Oliveira, C.****; Da Cunha, L.****; Da Silva, L.****; Franco, L.****; Generoso, G.****; Leite, E.****.

Sendo o Brasil o maior consumidor mundial de agrotóxicos e a região do sul do estado de Minas Gerais prevalentemente agrícola e utilizadora destas substâncias torna-se imprescindível conhecer a situação real do trabalhador rural. A presente pesquisa visa conhecer a atenção primária a saúde do trabalhador rural da regional de Alfenas e Guaxupé bem como a saúde destes trabalhadores através de triagem clínica e indicadores biológicos. Foram pesquisados 1027 sujeitos em 26 cidades destas regionais sendo 62% do sexo masculino e 38%, feminino e com idade média de 42,3 anos. A agricultura familiar com 74, 3% foi a relação de trabalho mais encontrada. A lavoura de maior cultivo foi a cafeeira seguida pela de legumes e hortaliças. Os agrotóxicos de maior utilização foram os herbicidas com o glifosato, seguido pelos fungicidas triazóis e inseticidas neonicotinoides e organofosforados. O modo de aplicação dos praguicidas foi principalmente bomba costal com 80,3%. As intoxicações graves foram relatadas por 17,4% dos trabalhadores com 7,2% de internação. O não uso do equipamento de proteção individual foi observado em 30% destes sujeitos com 54,1% de uso com de forma incompleta. As alterações em sistemas nestes trabalhadores que foram observada: cardiovascular com 45%, no sistema nervoso central e periférico em 74,7%, no digestório 54,6%, no respiratório 52%, no auditivo 37,6%%, no urinário 21,89% e em pele e mucosas 23,1%. Quanto a presença de câncer 17 sujeitos apresentaram esta doença. O bioindicador utilizado foi a atividade das colinesterases com alteração em: colinesterase plasmática: 3%, colinesterase eritrocitária: 17,5% e colinesterase total: 16,2% dos trabalhadores. O instrumento PACTool Brasil foi utilizado para avaliar a atenção primária a saúde e revelou que os quatros níveis de atenção básica e os 3 níveis de atenção adicionais encontram-se com escore médio de 2,4 considerado como atenção primária à saúde deficiente.
Agradecimentos: à FAPEMIG pelo financiamento do projeto (APQ-03554-12)

*Professores da UNIFENAS, câmpus de Alfenas-MG.
**Professor Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL, câmpus de Alfenas-MG.
***Doutorandas do Programa de Ciências Farmacêuticas da UNIFAL, câmpus de Alfenas-MG.
****Acadêmicos da UNIFENAS, câmpus de Alfenas-MG.


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