LIGA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (LEADS): CUIDANDO DO LIXO ELETRÔNICO
Fernando Felix Ranuzzi*; Ana Maria de Abreu*; Cinthia Silva Moura Neca*; Ana Paula Silva**; Júlia Faria Mairink**; Juliana Batista Barbosa**; Letícia Tiago Silva**; Lívia Ramos Santiago**.

Lixo eletrônico é todo e qualquer tipo de material produzido a partir do descarte de equipamentos eletrônicos e eletrodomésticos. O lixo eletrônico, também conhecido por e-lixo ou RAEE (Resíduos de Aparelhos Eletroeletrônicos), abrange todos componentes eletrônicos, como baterias, pilhas, outros acumuladores de energia e demais produtos magnetizados. O acúmulo de lixo eletrônico não foi previsto pelas indústrias produtoras ou pela sociedade. Mattos (2008) reforça essa afirmação dizendo que a área de informática não era vista tradicionalmente como uma indústria poluidora. No entanto, nos últimos anos, a aquisição de equipamentos eletrônicos, como computadores e aparelhos celulares, impressoras, televisores, câmeras fotográficas entre outros, tem sido uma prática frequente entre os consumidores em geral e o avanço tecnológico acelerado encurtou o ciclo de vida desses equipamentos, gerando grande quantidade desse tipo de lixo. Tais resíduos já representam 5% de todo o lixo produzido pela humanidade. Este valor não parece tão alarmante, entretanto, ele representa 50 milhões de toneladas de resíduos desta espécie, jogadas fora anualmente. O Brasil produz, aproximadamente, 1% deste total, sendo uma quantia aproximada de 2,5 kg por habitante. Os avanços da modernidade facilitam a vida humana, porém, quando falamos em reciclagem, o Brasil está muito atrasado. No dia 05 de Agosto de 2010 foi aprovada, no Brasil, a Lei Federal nº12305, sendo esta referente à Política Nacional de Resíduos Sólidos no Brasil, que obriga o destino adequado a esses resíduos. O lixo eletrônico possui características específicas, constituindo uma categoria especial e que vem recebendo grande atenção. Silva (2010) destaca que a preocupação ambiental em relação à disposição inadequada do lixo eletrônico ocorre devido à liberação de substâncias tóxicas que podem causar sérios impactos à natureza. Quando despejados no lixo comum, as substâncias químicas presentes nos componentes eletrônicos, como mercúrio, cádmio, arsênio, cobre, chumbo e alumínio, entre outras, penetram no solo e nos lençóis freáticos. Esse trabalho justifica-se, pois, a falta de informação por parte dos próprios fabricantes sobre os riscos do descarte dos eletroeletrônicos sem responsabilidade e critério nenhum, mostrou-nos a necessidade de uma abordagem direta junto à população, para orientar sobre a importância de realizar um descarte de maneira correta, a fim de, minimizar o comprometimento do nosso meio ambiente, o qual todos fazemos parte. O projeto tem como objetivo definir ações para conscientização da comunidade quanto ao lixo eletrônico e estabelecer estratégias para a gestão deste lixo envolvendo alunos, professores e comunidade. Em novembro e dezembro/2015 foram realizadas palestras educacionais nas escolas da cidade e região. Em 2016 será iniciada a fase do recolhimento do lixo eletrônico. Os resíduos recolhidos serão armazenados no campus da UNIFENAS em Divinópolis, e posteriormente, serão encaminhados para a desmontagem, triagem, descarte e destinação ambientalmente adequada dos componentes processados.

* Professores do curso de Biomedicina e Fisioterapia da UNIFENAS, câmpus Divinópolis – MG.
** Acadêmicos do Curso de Biomedicina e Fisioterapia da UNIFENAS, campus Divinópolis - MG.

 

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