LIGA DE TOXICOLOGIA - AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AOS PRAGUICIDAS ORGANOFOSFORADOS E CARBAMATOS ATRAVÉS DOS INDICADORES BIOLÓGICOS DE GENOTOXICIDADE – CITOMA DE MUCOSA BUCAL
Alessandra Cristina Pupin Silvério*; Marco Antônio Santos Melo**.

Avaliar a exposição aos praguicidas na população em estudo, por meio da determinação das colinesterases plasmática, eritrocitária e total; Avaliar a frequência de micronúcleos e alterações de citoma em células da mucosa bucal, e correlacionar com a atividade das colinesterases; Avaliar a exposição aos praguicidas na população em estudo, por meio de triagem clínica. Correlacionar os dados. O uso de praguicidas no Brasil cresceu nos últimos anos e assim os quadros de intoxicação dos trabalhadores rurais, provenientes da exposição a essas substâncias, também apresentaram um crescimento em relação ao número de casos e à gravidade. A aplicação de bioindicadores são ferramentas na avaliação da exposição desses trabalhadores. Diante do crescente número de casos de câncer e sua associação à exposição aos praguicidas anticolinesterásicos faz de suma importância a pesquisa em questão para real avaliação do risco genotóxico desta exposição. A amostragem foi do tipo aleatória simples com 818 entrevistados. O teste do Citoma consiste em coletar com a ajuda de um swab células da mucosa bucal e acondicionar em tubo de Falcon contendo 5mL de solução salina (0,9% NaCl). Estas células são lavadas e fixadas com fixador de Carney e colocadas em lâminas para coloração e leitura. Serão avaliadas alterações como micronúcleo, pontes, células binucleadas, cromatina condensada, cariorexe, células picnóticas e cariólise. Foram confeccionadas três lâminas de cada paciente, sendo uma para armazenamento. Observou-se uma alteração da Ch-E em 20,93% dos pacientes, enquanto a alteração da Ch-P foi verificada em 19,63%. Mais da metade dos entrevistados não utilizavam ou utilizavam incompletamente os EPI's para manejo e/ou aplicação dos praguicidas. A frequência dos sinais e sintomas pesquisados na triagem clínica eram maiores nos pacientes expostos do que nos pacientes tidos como controles negativos. Também foram observados micronúcleos nas células de aproximadamente 80% dos pacientes expostos aos praguicidas, nos não expostos esta taxa caiu para 50%. Ao final das pesquisas pode-se inferir que todos as variáveis se alteram quando os pacientes são expostos aos praguicidas e também se constatou a grande utilização desses. E também foi possível verificar que a incidência de alterações do citoma como micronúcleos é maior em indivíduos expostos do que em não expostos.

*Professora dos cursos de Medicina, Biomedicina e Farmácia da UNIFENAS, campus de Alfenas-MG.
**Acadêmico do Curso de Medicina da UNIFENAS, campus de Alfenas-MG.

 

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