MAIS SAÚDE II: "Prevalência de sobrepeso e obesidade na população"
Ana Maria de Abreu*; Cinthia da Silva Moura Neca*; Fernando Félix Ranuzzi*; Klauber Menezes Penaforte*; Maxliano Fernandes Reis*; Soraia de Freitas Tavares Dâmaso*; Viviane Gontijo Augusto*; Acadêmicos dos cursos de Fisioterapia e Biomedicina**.

A obesidade vem aumentando de forma alarmante em todas as faixas etárias, sendo considerada uma verdadeira epidemia mundial (GIULIANO e MELO, 2010). A obesidade é uma doença de origem multifatorial decorrente do acúmulo excessivo de tecido adiposo num nível que compromete a saúde (GIGANTE, MOURA e SARDINHA, 2006). O ambiente moderno é um potente estímulo para a obesidade. A diminuição dos níveis de atividade física e o aumento da ingestão calórica são fatores determinantes ambientais mais fortes. Os danos acarretados pela obesidade são extensos. Diversas enfermidades incluindo a hipertensão arterial, as disfunções cardio e cerebrovasculares, a diabetes e certos tipos de câncer, podem ser desencadeadas pela obesidade. Somam-se, ainda, prejuízos psicossociais relacionados à questão da discriminação e do preconceito. A obesidade está relacionada ao grupo de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), gerando aspectos polêmicos quanto à sua denominação, apresentando conceitos diversificados como doença não infecciosa, doença crônico-degenerativa, sendo que o conceito mais atual é o primeiro supracitado (CARRARA et al, 2008). Atualmente, a obesidade acomete grande parte da população mundial sendo considerado um problema de saúde pública. Estima-se que os gastos públicos com a enfermidade consumam de 2% a 7% dos orçamentos de saúde nos países desenvolvidos. Dentre os fatores envolvidos para o surgimento da obesidade podemos citar os maus hábitos alimentares, sedentarismo, desequilíbrio emocional e fatores genéticos (FERREIRA e MAGALHÃES, 2010). Já é consenso na literatura que a abordagem interdisciplinar no tratamento da obesidade é muito mais efetiva para mudanças comportamentais do que tais práticas realizadas de forma isolada. Uma forma de distinguir sobrepeso e a obesidade é calcular o IMC (índice de massa corporal). Um adulto é considerado com "sobrepeso" quando está acima de seu peso saudável estipulado, que varia de acordo com a altura e sexo de uma pessoa. Um indivíduo tem sobrepeso quando seu IMC está entre 25 e 29,9. O IMC, um cálculo que mede o peso relativo à altura, é o padrão usado por pesquisadores para definir o peso de uma pessoa de acordo com sua altura. Um adulto com um IMC de 30 ou mais é considerado obeso. O Projeto Mais Saúde II, teve como objetivo orientar e promover saúde aos diversos públicos e desenvolver ações preventivas interdisciplinares contra o sobrepeso e a obesidade na população do município de Divinópolis – MG. Os discentes realizaram cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal) e a avaliação antropométrica. Todos os dados coletados foram arquivados na planilha Excel para posterior análise estatística. Da amostra avaliada (683 no total), 18,7% eram crianças, 21.01% adolescentes e 60,3% adultos. A distribuição entre os dois sexos foi: 47,2% do sexo masculino e 52,8% do sexo feminino. A média de idade foi de 29 anos e 5 meses (desvio padrão de ± 20 anos), a mediana foi de 25 anos e 6 meses. A média de sobrepeso foi de 37,8% entre os homens e de 41,9% entre as mulheres. Já em relação à obesidade, a média foi de 11.9% entre os homens e 14,5% entre as mulheres. Através de atividades educativas os alunos colocaram em prática os conhecimentos adquiridos e orientaram a população, fortalecendo os alicerces do tripé da educação-ensino-extensão-pesquisa.


*Professores dos cursos de Graduação Fisioterapia e Biomedicina da UNIFENAS, câmpus de Divinópolis - MG.
**Acadêmicos do Curso de Fisioterapia e Biomedicina da UNIFENAS, campus de Divinópolis-MG.

 

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