MÃOS LIMPAS: PARTE II - PREVALÊNCIA DE PARASITOSES INTESTINAIS NOS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL (CEMEI) NOS MUNICÍPIOS DE OLIVEIRA E DIVINÓPOLIS-MG.
Fernando Felix Ranuzzi*; Cinthia da Silva Moura Neca*; Graziela Oliveira Franco Ranuzzi*; Klauber Menezes Penaforte*; Alexandre Tonaco da Silva**; Bruna Elisa de Faria**; Daniele Cristina de Sousa**; Ianny Ramiro de Oliveira e Silva**; Jéssica Cristina da Silva**; Lilian Duarte de Souza**; Nathany de Castro Oliveira**; Pamella Maynara Santos**; Ana Luiza Pinto de Oliveira**; Brenda Stefany de Moraes**; Davi de Jesus Gonçalves**.

As Parasitoses são apontadas como indicadores de desenvolvimento socioeconômico de um país, e um frequente problema de saúde pública, afetando principalmente indivíduos jovens, desencadeando, além de problemas gastrintestinais, baixo rendimento corporal e consequente atraso no desenvolvimento escolar (MORAES 2000). Parasitoses são doenças causadas por organismos parasitas que, após entrar e se instalar no corpo humano ou de outro animal, desenvolvem doenças, podendo provocar uma série de danos ao organismo e até mesmo a morte, caso não haja tratamento devido (COLLEY, 2000). Segundo a World Health Organization - WHO (2004) estima-se que infecções intestinais causadas por helmintos e protozoários afetem cerca de 3,5 bilhões de pessoas, causando enfermidades em aproximadamente 450 milhões ao redor do mundo, a maior parte destas em crianças; isso. As parasitoses intestinais são muito frequentes na infância, principalmente em pré-escolares e escolares. A prevalência de infecções por parasitos intestinais é um dos melhores pode estar associada a diversos determinantes, como instalações sanitárias inadequadas, poluição fecal da água e de alimentos consumidos, fatores socioculturais, contato com animais, ausência de saneamento básico, além da idade do hospedeiro e do tipo de parasito infectante. Ainda que, nas últimas décadas, o Brasil tenha passado por modificações que melhoraram a qualidade de vida de sua população, as parasitoses intestinais ainda são endêmicas em diversas áreas do país, constituindo um problema relevante de Saúde Pública. Além disso, muitas dessas parasitoses relacionam-se a déficit no desenvolvimento físico, cognitivo e nutricional de crianças em todo mundo. O objetivo do estudo foi identificar os principais parasitas intestinais em crianças entre 3 e 6 anos de idade, nos Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI) da cidade de Divinópolis, Minas Gerais, e posteriormente realização de palestras educacionais com formato lúdicopara melhor aprendizado por parte das crianças. O projeto justificou-se pelo fato de se tratar de uma condição que afeta tantas crianças em todos os lugares e que traz um prejuízo moderado ao desenvolvimento/aprendizado das mesmas, a conscientização por parte dos pais, o envolvimento da escola e o incentivo aos pequenos estudantes será fundamental para diminuição de parasitoses, principalmente na segunda infância. O estudo foi desenvolvido no ano de 2015 e continuará no início de 2016. Foi enviado aos pais um Termo de Consentimento Livre esclarecido para preenchimento, autorizando o filho a participar do projeto. Aos participantes, foi fornecido um recipiente com conservante (MIF) para coleta das fezes, devidamente rotulado, sendo solicitada apenas uma amostra a cada um. O material foi recolhido no dia combinado e enviado para análise nos laboratórios da UNIFENAS, campus Divinópolis. Para o exame coprológico, foi usado o método parasitológico de sedimentação espontânea (HPJ), segundo metodologia descrita por Rocha e Melo (2005). Os resultados estão em fase de análise e devem ficar prontos no final de janeiro de 2016. Os resultados parciais mostraram que 28,6% das crianças avaliadas apresentavam algum tipo de parasitose, sendo que 7,2% apresentavam mais de um parasito. A Ascaris lumbricoides foi a mais prevalente entre os helmintos (4,1%) e os mais encontrados entre os s protozoários, foram a Entamoeba coli (13,8%) e G. duodenalis (8,5%).

*Professores do Curso de Biomedicina e Pronatec Análise Clínicas Unifenas, campus de Divinópolis-MG.
**Acadêmicos do Curso de Biomedicina da UNIFENAS, campus de Divinópolis-MG.

 

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