ANEMIA EM IDOSOS: DO DIAGNÓSTICO AO TRATAMENTO
Fernando Félix Ranuzzi*; Rayane Ricelli de Melo Miranda**; Sabrina Miranda Duarte**.

O envelhecimento é um processo mundial evidenciado pela redução nas taxas de natalidade, fecundidade e no aumento da expectativa de vida. Essa tendência inicialmente observada nos países desenvolvidos foi seguida em todas as regiões do globo, principalmente no que diz respeito à expectativa de vida. Em países em desenvolvimento como o Brasil, o envelhecimento populacional mostra-se vertiginoso desde 1960 (SANTOS, 2009). A anemia é definida através da concentração de hemoglobina no sangue que está reduzida, em consequência da diminuição de nutrientes no organismo, independente da origem dessa carência. É a perturbação hematológica mais habitualmente encontrada nos indivíduos idosos (SILVA e MORAIS, 2014). Na grande maioria dos idosos os casos de anemia são caracterizados por doenças crônicas, perdas sanguíneas ou por deficiência nutricional, sendo a anemia ferropriva a principal, correspondendo a um terço de todas elas e a mais prevalente mundialmente nos idosos. Apesar da ausência de diversos nutrientes contribuir para a ocorrência de anemias carências como folatos, proteínas, vitamina B12 e cobre, indiscutivelmente o ferro é, dentre todos, o mais significativo. (DOTTI, ENGROFF e SILVA, 2009). Valores epidemiológicos de referência utilizados pela OMS para classificação de anemia são de hemoglobina <12 g/dL para mulheres e <13g/dL para homens (GUALANDRO, 2010). Entretanto, a anemia no idoso é uma condição subdiagnosticada, reflexo de uma doença de base, como infecções e neoplasias. Condições associadas à anemia estão relacionadas ao declínio nos desempenhos físico e mental, nas habilidades de manutenção de vida cotidiana e no aumento da fragilidade. Consequentemente possibilita um aumento na morbidade e mortalidade (PATEL, 2008). O presente projeto visa determinar a presença de anemia em idosos de uma instituição e apresentar os resultados dos testes aos gestores da mesma, onde caso seja diagnosticado quadro de anemia os profissionais responsáveis poderão proceder a fim de instituir um tratamento medicamentoso ou inserir uma dieta apropriada. Será coletado o sangue por punção venosa e encaminhado ao laboratório da Unifenas Campus Divinópolis onde será processado todo material. Pressupõe-se que a anemia está presente em 10% da população idosa com mais de 60 anos e em 30% daqueles com mais de 80 anos. Após a coleta de dados a equipe interdisciplinar da Instituição estará apta a desenvolver um programa preventivo/curativo para os idosos institucionalizados. Conhecer a prevalência e etiologia da anemia em idosos é importante, já que pode estimar a extensão do problema neste grupo, e desta forma, favorecer a condução de atitudes eficazes e que objetivam buscar uma maior e melhor expectativa de vida a essa população.

*Docente da UNIFENAS, câmpus de Divinópolis-MG.
**Acadêmicos da UNIFENAS, câmpus de Divinópolis-MG.

Voltar