XVII FÓRUM DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA DA UNIFENAS
9 a 13 de abril de 2018

REDUÇÃO DE ESTRESSE II: EFEITO DO TREINAMENTO INTEROCEPTIVO NO ESTRESSE PERCEBIDO E NA CONSCIÊNCIA INTEROCEPTIVA EM PACIENTES DA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA UNIFENAS DIVINÓPOLIS
Viviane Gontijo Augusto*; Ana Maria de Abreu*; Bianca Rosa Guimarães*; Daniel Silva Penha Gontijo**; Acadêmicos do 10º período de Fisioterapia**.


As respostas fisiológicas e comportamentais visam enfrentar condições difíceis direcionando a energia e os recursos do organismo para a sobrevivência. No entanto, embora seja uma resposta protetora, é altamente desgastante e serve para nos proteger de riscos imediatos com duração limitada, ou seja, adequada para uma resposta aguda (VANITALLIE, 2002). O estresse pode ser definido como uma resposta de defesa que ocorre quando um estímulo é interpretado pelo sistema nervoso como uma ameaça. Para aumentar as chances de sobrevivência ocorrem reações adaptativas fisiológicas e comportamentais (JOELS; BARAM, 2009). O objetivo da resposta de estresse é proteger o organismo e permitir adaptação em condições ambientais desafiadoras. O estresse crônico também é um fator de risco para vários outros tipos de processos patológicos, como hipertensão arterial, osteoporose, doenças autoimunes (CHROUSOS, 2009) e depressão (MEYER et al., 2001), fibromialgia, fadiga crônica, síndrome miofascial (BUSKILA, 2001), entre muitos outros. As mudanças que ocorrem na sociedade também demandam adaptação por parte do organismo e intensificam os níveis de estresse. No campo da saúde a preocupação com o bem-estar dos estudantes da área vem sendo alvo de investigações científicas que demonstram a presença de fatores estressantes e suas manifestações (AGUIAR et al., 2009; DE SOUZA; DE OLIVEIRA; CLARCK, 2003). Deste modo, o estudo foi elaborado com o objetivo de avaliar se existe associação entre estresse percebido e consciência interoceptiva em um grupo de universitários e saber se o treinamento interoceptivo provoca alterações destes níveis. O estudo possui delineamento quase-experimental, do tipo pré-teste/pós-teste, sem grupo controle. A amostra foi composta por 20 pacientes da Clínica de Fisioterapia Da UNIFENAS Divinópolis. O grupo de treinamento interoceptivo foi realizado na UNIFENAS Campus Divinópolis e coordenado por um dos pesquisadores. A participação foi voluntária e gratuita. As sessões possuíam frequência semanal e duração de uma hora e trinta minutos. Após breve explanação teórica sobre a natureza da técnica, foram realizados exercícios de interocepção em ambiente tranquilo e silencioso. Os exercícios envolvem a focalização da atenção nas sensações provenientes de várias partes do corpo (body scan). Na parte final da prática, cada participante fez observações sobre suas experiências durante o exercício. Os participantes também foram encorajados a realizar os exercícios ensinados ao longo das suas atividades diárias, em todos os momentos em que perceberem a ativação da resposta de estresse. Para avaliação dos universitários foram utilizados questionários contendo dados sociodemográficos, queixa de desconfortos corporais, avaliação de estresse percebido e avaliação da consciência interoceptiva. Os questionários foram aplicados por um único pesquisador antes do início do grupo de atividades interoceptivas e reaplicados após 12 sessões de treinamento.  O estresse foi avaliado pela escala de Estresse Percebido, traduzida e adaptada para a população brasileira em 2006. A avaliação da consciência interoceptiva será feita através do questionário de Avaliação Multidimensional da Consciência Interoceptiva (2012, MAIA – VB2), traduzida para o português. A maioria dos pacientes relatou melhora do estresse após a intervenção.

* Professores do Curso de Fisioterapia da UNIFENAS, câmpus Divinópolis-MG.
** Professor Fisioterapeuta convidado da UEMG, Divinópolis.
*** Acadêmicos do Curso de Fisioterapia da UNIFENAS, câmpus Divinópolis-MG.


FÓRUM DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA - UNIFENAS, 17ª Edição, 2018
Anais - Versão on-line ISSN 1679-7124


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