LIGA DE OFTALMOLOGIA - PROJETO "DE OLHO NO FUTURO"
Juliano Lopes Carvalho*; Luiz Guilherme Gonçalves Bernardi**; Luiza Hayako Hirata Takizawa**; Felipe Martiuzzo Cabral**; Carolline Bechler Martinez**; Rafael Cerqueira Alves**; Camille Cerqueira Alves**; Joao Carlos Pedro Filho**; Henrique Charbel Namur**; Érika Fernandes Góis**; Frederico Costa Santos Modafferi**; Manuela Guimarães Justo Silva**; Fernanda Porsch Telles**; Marília Bin Dias**; Felipe Antônio Moreira**; Lygia de Carvalho Sampaio**; Allyson Justino Caetano**; Bruno Spir Bonamin** Sidnei Momesso**.
A visão desempenha um papel fundamental no desenvolvimento global da criança e, com o ingresso na escola, passa a desenvolver mais intensamente as atividades intelectuais e sociais, diretamente associadas às capacidades psicomotoras e visuais. Estima-se que a grande maioria das crianças brasileiras em idade escolar nunca tenha passado por exame oftalmológico, e dados do censo 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que aproximadamente 10% da população escolar têm algum problema visual. A importância de se detectar os problemas de deficiência visual na criança ainda em idade pré-escolar e escolar se deve ao fato de que nesta faixa etária ocorre o pleno desenvolvimento do aparelho visual. Problemas visuais prejudicam o rendimento escolar e podem interferir na própria formação da personalidade (WRIGHT, 1995). Reconhecendo a escola como uma instituição aglutinadora de grande número de crianças, os acadêmicos do curso de ciências médicas participantes da Liga de Oftalmologia da UNIFENAS – campus Alfenas – desenvolvem o projeto "De Olho no Futuro" na rede pública de ensino de Alfenas – MG, a fim de avaliar a acuidade visual de crianças em idade escolar e diagnosticar precocemente possíveis alterações visuais. Na avaliação da acuidade visual (AV) utiliza-se a tabela optométrica de Snellen, que tem como unidade de medida valores entre 0,1 e 1,0. A criança é acomodada a cinco metros da tabela e, em seguida, os optótipos da tabela são apontados com lápis preto colocado verticalmente dois centímetros abaixo da figura, como determina o manual de orientação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Cada olho é examinado separadamente. Os escolares que utilizam óculos são testados fazendo uso adequado de seus respectivos óculos. São classificadas como tendo AV normal crianças que reconhecem as figuras da linha 3 (AV=0,8) com ambos os olhos. As que não reconhecem essa linha, com um ou ambos os olhos, são classificadas como dotadas de baixa AV (ALVES, 1998). Os dados de cada classe são documentados em uma ficha que consta o nome dos alunos, a série que cursam e os valores da acuidade visual de cada olho (direito e esquerdo) de cada criança. Os alunos que apresentam dificuldade de leitura da tabela de optótipos têm seus professores e familiares notificados e assim são encaminhadas para oftalmologistas habilitados no Sistema Único de Saúde (SUS).
*Professor da UNIFENAS e coordenador da Liga de Oftalmologia da UNIFENAS, Campus Alfenas – MG.
**Acadêmicos da UNIFENAS, Campus Alfenas - MG. |