O USO DE TRANSGÊNICOS NO BRASIL
Patrícia de Oliveira Alvim Veiga*; André Luiz Coutinho**; Filipe Miranda Reis**: Bruno Souza Cintra**.
A biotecnologia no Brasil vem contribuindo para que se desenvolvam cada vez mais técnicas de produção onde as características, tanto de sustentabilidade como de impacto na natureza, obtenham um balanço positivo. O uso de organismo geneticamente modificado (OGM), ou transgênico, tem sido um grande aliado nessa questão de suporte e eficiência de produção, trazendo benefícios como racionamento de água, menor uso de embalagens e de defensivos agrícolas, redução de máquinas na lavoura, redução na emissão de CO2, e preservação da população benéfica de inseto, ocorrendo um auxílio no combate integrado de pragas (MIP) e manejo de resistência de insetos (MRI), seguida da ação de refúgio e outras medidas vigente na legislação de transgênicos. No Brasil são feitos trabalhos com melhoramento genético de plantas como milho, batata e algodão há mais de 40 anos. Os híbridos estão disponíveis no mercado por empresas que dispõem de diferentes tecnologias sendo uma delas a biolítica que com auxilio da biotecnologia desenvolve vegetais geneticamente modificados como, por exemplo, o milho Bt, que tem sua resistência à broca do colmo (Diatraea saccharalis), lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda) e lagarta da espiga (Helicoverpa zea) possibilitando que o híbrido tenha melhor resposta produtiva. Essa tecnologia foi desenvolvida a partir da bactéria de solo Bacillus thuringiensis (Bt) que, inserida no vegetal em forma de proteína, ao entrar em contato com o sistema digestivo de larvas ou lepidópteros paralisa o mesmo impossibilitando o desenvolvimento da praga. O milho Bt foi desenvolvido depois de vários ciclos de retrocruzamentos e autofecundações, onde houve uma estabilidade do gene dominante que doa a característica de resistência a pragas já citadas acima, sendo que este produto também já foi testado e não apresenta fatores adversos na alimentação animal ou no ciclo evolutivo de insetos pragas da mesma cultura. Os híbridos encontrados no mercado são sementes de empresas como a Dekalb e a Agroceres com a tecnologia Yieldgard e o Herculex da empresa Dow AgroSciencies, esses produtos são vendidos comercialmente aos produtores e contêm as garantias necessárias para um bom desenvolvimento da cultura seguida de obrigações e regulamentações específicas para a implantação do transgênico, gerando compromisso e responsabilidade tanto dos produtores como dos fabricantes.
*Professora da UNIFENAS, campus de Alfenas-MG.
**Acadêmicos da UNIFENAS, campus de Alfenas-MG |