Alunos e professores lotaram o Salão Professor Edson Antônio Velano, na Universidade, para acompanhar a exposição das plataformas de governo
Sem paixões ideológicas, apenas propostas expostas de forma que cada um possa fazer suas considerações do que é tangível e diferenciá-las das chamadas “manobras eleitoreiras”. Alunos do 7º período do curso de Administração da UNIFENAS pesquisaram o que os presidenciáveis Aécio Neves, Dilma Rousseff, Marina Silva e Pastor Everaldo propõem para a economia, educação, saúde, renda, política internacional, entre outras áreas e apresentaram as propostas aos demais estudantes do curso.
Cada apresentação durou cerca de 20 minutos, e o material pesquisado foi impresso e entregue a cada um dos presentes. A isenção de opiniões, ao expor as plataformas de governo, foi uma das exigências feita aos grupos encarregados da pesquisa. De acordo com o professor Odacyr Guerra Lourenço Gomes, da disciplina de Administração Pública, a ideia não era debater as propostas, o que poderia resultar em discussões ideológicas, mas contribuir para que os estudantes participem do processo eleitoral de forma mais fundamentada.
O trabalho apresentado não considerou as estratégias de marketing envolvidas ou interesses de diferentes grupos apoiadores dos candidatos. Porém o professor deixou claro que o que se vê na mídia e nas propagandas eleitorais pode não corresponder à realidade. E afirmou que a atividade desenvolvida pelo 7º período de Administração propõe “tentar sair do estigma daquilo que é desenhado muitas vezes na televisão: o outro é ruim, eu sou o bom. A partir dessa pesquisa pode se fazer um comparativo com os planos e plataformas de governo”.
Odacyr fez uma observação no sentido de que as poucas pessoas que se interessam pela política são as que comandam a grande maioria desinteressada. Em outras palavras, o professor quer dizer que quanto maior o desinteresse da sociedade pela política, maior é a influência de determinados grupos na condução do país.
Na UNIFENAS, o pesquisar, se informar e transmitir o conhecimento faz parte da formação dos futuros bacharéis em Administração. Pois, como destaca a professora Juliana Mafra Salgado Andrade, coordenadora do curso, a Universidade pretende formar não só um profissional atento às demandas da sua área de atuação, mas também um cidadão por completo.
Ela lembra que a Administração é uma ciência social aplicada. “Então, é muito importante que eles [alunos] se posicionem diante das questões da sociedade, da economia, da política que está à nossa volta. Esse é o momento de fazer o aluno refletir sem nenhum privilégio político, para um partido ou outro, mas para refletir. Afinal, estamos em um momento importante que pode mudar o rumo do nosso país”.
