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18 de novembro de 2014

Feira expõe inovações tecnológicas de agricultura


Rosângela Fressato
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A Feira propôs integração do acadêmico com o que ele aprendeu no curso e também a difusão de informações

O curso de Agronomia da UNIFENAS, câmpus de Alfenas, promoveu a 2ª Feira de Inovações Tecnológicas de Agricultura, evento em que os alunos pesquisam os assuntos referentes ao tema e os apresentam para professores e demais universitários.

Jairo de Carvalho Filho, do 8º período, pesquisou sobre cultura de montanhas, fazendo um paralelo entre o café arábica e o café conilon. Segundo ele, o café arábica, na região de montanha, é problemático, pois a mão-de-obra está escassa. Assim, os produtores estão fazendo miniterraciamento para o terreno ficar plano e para isso usam animais ou máquinas de pequeno porte para verificar se é possível mecanizar uma parte. “O café conilon só é propagado por clone, não há como propaga-lo por semente. Já o arábico é por semente”.

Em sua opinião, a Feira é de suma importância, uma vez que pode despertar o interesse dos estudantes para alguma inovação. “Eu aprendi muita coisa interessante quando fiz as pesquisas para este evento”.

O aluno Pedro Ismael, também do 8º período, falou sobre o experimento da cultura da oliveira. De acordo com ele, a proposta do trabalho foi, uma vez que esta planta é de clima subtropical, testá-las em condições de clima tropicalizado para verificar a viabilidade da produção em Alfenas e, assim, difundi-la aos produtores da região do sul de Minas.

O aluno fez o experimento com 100 plantas, de três variedades, em uma área de 0,2 hectares. “Elas só atingem a fase adulta com 30 anos; então necessitam de paciência, mas temos noção de que é um bom negócio, a rentabilidade delas é muito grande. A produtividade média delas aqui no Brasil tem sido de 20 quilos por planta, mas há algumas delas que produzem 5 e 60 quilos”.



Pesquisa, desde o início



Professor Hudson Biachini observa que o curso de Agronomia da UNIFENAS, desde os primeiros períodos, envolve os alunos com a pesquisa e que o objetivo da pesquisa é sempre a inovação tecnológica. “A agricultura é o ramo de atividade no Brasil mais promissor, pois temos muita área e um clima favorável. Então, é muito interessante que nosso curso contribua com a inovação tecnológica e que os alunos sintam a necessidade de desenvolver as novas tecnologias, não só para adquirir conhecimentos já existentes, mas também criar conhecimentos”.

Para o professor Douglas José Marques, responsável pela feira, os alunos adquiriram um grande crescimento com a divulgação destes trabalhos e com a sua explanação para os ouvintes. Em sua opinião, o encontro propôs integrar o acadêmico com o que ele aprende no curso, como por exemplo, preparo do solo, manejo da cultura, das doenças, das pragas, “e também da difusão da informação, que é o mais importante”.



Trabalhos apresentados



Durante a Feira, foram apresentados os seguintes trabalhos: “Cultura do algodão”, “Cultura da batata”, “Cultura do feijão”, “Cultura do girassol”, “Cultura da melancia”, “Cultura da soja”, “Pimenta dedo-de-moça”, “Policultura”, “Benefícios da oliveira”, “Cultivo orgânico do physalis consorciado com pimenta em diferentes tipos de palhada”, “Cultivo do feijão caupi, guandu, bola e vagem” e “Cafeicultura de montanha”.