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17 de dezembro de 2014

Pesquisa médica de docente da UNIFENAS-BH é publicada em revista internacional


Rosângela Fressato
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Professora Dra. Ana Lucia Ribeiro Valadares

A professora do curso de Medicina do câmpus de Belo Horizonte, Dra. Ana Lucia Ribeiro Valadares, teve sua pesquisa “A dispareunia (sensação de dor nos órgãos genitais durante ou logo após as relações sexuais) em mulheres HIV – positivos e HIV – negativos de meia-idade: um estudo transversal” publicada na BMJ Open, revista internacional de acesso on-line dedicado à publicação de pesquisas médicas de todas as disciplinas e áreas terapêuticas.

O objetivo do estudo, segundo a professora, foi avaliar se a dispareunia esteve associada à infecção pelo HIV, assim como os fatores associados à dispareunia em mulheres HIV positivas climatéricas. Foi um estudo transversal, conduzido em 178 mulheres HIV - negativas e 128 HIV - positivas de 40 a 60 anos de idade. Destas, 41.4% das mulheres HIV - positivas relataram dispareunia e associada principalmente ao ressecamento vaginal e à incontinência urinária. “Colocamos em evidência a importância da atrofia vulvovaginal e sua associação com dispareunia em mulheres HIV-positivas de meia idade. Mostramos que a infecção pelo HIV não foi significativamente associada à dispareunia, provavelmente porque as mulheres HIV-positivas tinham poucos sintomas relacionados ao o HIV, por pertencerem a um grupo com bom controle imunológico”.

Segundo Ana Lucia, os resultados deste estudo podem ajudar os médicos a abordarem adequadamente a atrofia vulvovaginal, e com isso diminuir a chance das consequências, como aumento de infecções secundárias e piora na qualidade de vida neste grupo de mulheres HIV-positivas.

A professora ressalta que a saúde urogenital deve ser abordada, especialmente, no período do climatério. Quando não está tratada adequadamente, pode levar a alterações urinárias, dor na relação sexual, piora no relacionamento com o parceiro e consequente deterioração da qualidade de vida. “É de suma importância que os profissionais de saúde que atendem as mulheres de meia-idade tenham isso em mente”.

A pesquisadora se diz muito feliz com a publicação do seu trabalho. “A revista é aberta, portanto inúmeras pessoas podem ter acesso à informação. Além de ser uma revista muito respeitada e com um ótimo impacto”.