Notícias UNIFENAS

Notícias

23 de fevereiro de 2015

Monografia aborda sobre os refugiados haitianos em Comunidade de BH

Os emigrados possuem elevado índice de vulnerabilidade social e diversas demandas de saúde


Rosângela Fressato
Ampliar foto
Uma família haitiana ladeada pelas alunas Letícia (esquerda) e Neoma

As alunas do 12º período do curso de Medicina, do Internato de Atenção Integral à Saúde, Neoma Mendes de Assis e Letícia Lara Martins, estão elaborando sua monografia intitulada "Um olhar diferenciado aos refugiados haitianos na Comunidade Novo Aarão Reis".

O trabalho se refere a uma abordagem e acolhida aos mais de 16 haitianos que vieram morar em Belo Horizonte, na tentativa de inseri-los na Atenção Primária à Saúde, de forma equânime.

Neoma e Letícia contam, que durante o Internato, tiveram a oportunidade de realizar estágio no Centro de Saúde Novo Aarão Reis, supervisionado pela professora Lêda Maria Mendes Souza. Trata-se de uma comunidade com elevado índice de vulnerabilidade social e com grande diversidade de demandas de saúde.

Elas relatam que, logo no início do estágio, souberam da presença de uma população de haitianos que há pouco tempo havia se instalado no bairro. “Os profissionais do Centro de Saúde nos apresentaram tal demanda e também a dificuldade de comunicação com estas pessoas, pois nenhuma delas tinha conhecimento do nosso idioma. Alguns falavam espanhol, inglês, francês e outros sabiam apenas o dialeto haitiano chamado crioulo”.

As acadêmicas perceberam a possibilidade de se aproximarem dessas pessoas, conhecer melhor sobre sua cultura e o motivo que as trazia ao Brasil, e assim possibilitar maior acesso desta população aos profissionais e aos serviços do Centro de Saúde.

“A realização deste trabalho permitiu a identificação da população de haitianos residentes na Comunidade do bairro Novo Aarão Reis, o cadastramento dessa no SUS e a sensibilização dos profissionais para um olhar diferenciado a essa população, possibilitando-lhe melhor acesso ao atendimento”, dizem.

Na ocasião, foram identificadas as principais dificuldades de adaptação dos imigrantes com o Brasil, as demandas sociais e de saúde, além de possibilitar o conhecimento das diferenças do acesso e uso do Sistema de Saúde Pública Brasileira e Haitiana.