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28 de agosto de 2015

7º Simpósio do Projeto DSTs – AIDS da UNIFENAS


Rosângela Fressato
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Na mesa de trabalhos, a professora Maria Auxiliadora, coordenadora do projeto; Sander Simaglio; Adélia Maria; professor Márcio Swerts; e o aluno Aron, representante dos acadêmicos no Projeto DSTs – AIDS

“Lute para viver! Não se esconda para morrer”, foi o tema do 7º Simpósio do Projeto DSTs – AIDS da UNIFENAS, câmpus de Alfenas, que ocorreu no dia 20 de agosto.

O evento foi composto por uma mesa-redonda com moderação do professor Márcio Moterani Swerts, coordenador do curso de Psicologia e colaborador do Projeto DSTs – AIDS, e a participação do advogado e coordenador da ONG MGA (Movimento Gay de Alfenas), Sander Simaglio, e também da médica, sexologia e desetóloga (especialista em Doenças Sexualmente Transmissíveis) Adélia Maria Batista. Estavam presentes ao Simpósio a Profa. Gerusa Vilela Terra, diretora de graduação da UNIFENAS, a Profa. Maria Auxiliadora, coordenadora do projeto; universitários de vários cursos e convidados.

Na oportunidade, Sander falou sobre a importância dos movimentos sociais na luta contra as DSTs e AIDS. Segundo ele, o movimento social foi um grande avanço que enfrentou o poder público, inclusive na quebra de patentes de medicamentos. “Aquilo que era tido como “câncer gay”, doenças de grupos vulneráveis, doença de grupo de risco, que na época eram homossexuais e profissionais do sexo, nós, do movimento social, conseguimos reverter isso e trazer a discussão, inclusive, hoje, dentro da universidade”.

A sexóloga Adélia abordou o tema “A importância da academia (universidade) na luta contra as DSTS e AIDS”. Em sua opinião, uma das colaborações que as universidades podem fazer e a parceria com o SUS, com o departamento nacional de DSTs/AIDS e hepatites virais. Poderia haver também uma parceria entre os alunos, professores e matérias dentro das universidades com as organizações da sociedade civil e ONG. “Eu acho importante que se faça esse comprometimento de prevenção, principalmente das epidemias de AIDS e de Hepatite C, e até no processo de diagnóstico e tratamento.”

A médica ressalta que as pessoas não estão dando a devida importância para as epidemias de AIDS, de Hepatite C e demais epidemias de DSTs. Segundo ela, houve grande cuidado com o tratamento e a parte de prevenção ficou esquecida, inclusive pelo governo federal. Hoje a sociedade precisa entender e se preocupar, e, principalmente os mais jovens, que já vieram ouvindo que tem que ter sexo seguro e protegido. “Infelizmente não é isso que estamos vendo, há grande número de contaminação nos jovens de 15 a 24 anos, com vírus muito mais fortes e precisando de tratamentos muito mais elaborados pelos infectologistas”.

Durante sua fala, Adélia citou um trabalho de prevenção de DSTs na cidade de Bordeaux, na França, feito pelo Instituto da Sexualidade do Ministério da Saúde, juntamente com algumas universidades. Eles dividiram a cidade em distritos, como acontece com os PSFs no Brasil, e fizeram o teste rápido nas casas das pessoas. Esse trabalho fez parte de um projeto universitário, entre 2012 e 2014, mas continua sendo feito.