A atuação do profissional enfermeiro na promoção do autocuidado (AC) do portador de ostomia desde a internação, além de favorecer a alta precoce, proporciona um retorno ao domicílio com um grau de segurança maior frente a sua nova condição de vida. A assistência de enfermagem planejada pode reduzir o aparecimento de complicações pós-operatórias, minimizar situações de rejeição do paciente pelo seu estoma e promover ações educativas no AC do ostomizado. Para tanto é de fundamental importância a identificação de problemas relacionados à capacidade de autocuidado dos portadores de ostomia, sobretudo quanto ao manuseio do sistema coletor, limpeza e higienização do estoma e pele periestoma e condições gerais de comunicação, deambulação, eliminação, mobilidade e atividades diárias. O presente estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de autocuidado de portadores de ostomia para o planejamento da assistência de enfermagem. A população do estudo foi composto por 12 indivíduos portadores de ostomias intestinais atendidos no Programa de Assistência aos Ostomizados da Regional de Alfenas, abrangendo 6 municípios. Os dados foram coletados no período de 20/01 à 10/03/2000, por meio de 2 visitas domiciliares e entrevista para cada paciente, utilizando-se formulários elaborados para esse estudo. As entrevistas foram realizadas individualmente pela acadêmica do Curso de Enfermagem/EFOA sob a supervisão da docente e orientadora deste Departamento. O instrumento de coleta de dados é composto por questões abertas e fechadas, contendo: dados de identificação; dados acerca das condições sócio-econômicas; sobre o tipo e condições do estoma; dados sobre a orientação do AC; dados sobre a Avaliação da Capacidade de Autocuidado e as dificuldades enfrentadas pelo paciente após alta hospitalar em seu domicílio. Constatou-se, com base nos dados obtidos que: 7 pacientes eram do sexo masculino; houve uma concentração na faixa etária de 65 a 84 anos (7); 11 eram casados e 1 viúvo; 4 portadores de ostomia eram analfabetos e 7 tinham o 1º Grau incompleto; a maioria dos pacientes tinha como familiar responsável pelo AC o cônjuge (7), seguido do filho (3), relatando insegurança na troca e aquisição da bolsa e limpeza do estoma; houve predomínio das neoplasias intestinais em relação às demais causas para as operações de confecção de estomas; em relação ao tipo de estomas as colostomias foram as mais encontradas; a maioria dos pacientes relatou ter sido orientado sobre o seu AC na fase pós-operatória tardia imediata pelo profissional enfermeiro; as principais dificuldades encontradas pelos portadores de ostomia foram no manuseio do sistema coletor, limpeza e higienização das bolsas; quanto à avaliação da capacidade de AC houve uma distribuição eqüitativa quanto aos resultados, onde 5 mostraram-se independentes para o AC, 4 eram hábeis para o AC, mas necessitavam de apoio e ajuda e 3 necessitavam de ajuda moderada a grande para alcançar o AC; a totalidade dos entrevistados afirmou ser importante a assistência de enfermagem no AC no ambiente familiar. Este estudo permite concluir que a Avaliação da Capacidade de Autocuidado para pacientes ostomizados no domicílio é um instrumento de grande validade no desenvolvimento do processo de enfermagem uma vez que caracteriza as habilidades e as limitações do paciente para engajar no Autocuidado. Sendo assim contribui para que o profissional enfermeiro desenvolva o papel de agente da assistência à saúde dos portadores de ostomia que se apresentem total ou parcialmente incapazes de desempenhar o Autocuidado.

Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas

² Acadêmicos do curso de Graduação em Medicina da Universidade de Alfenas.

³ Acadêmicos do Bacharel da Ciências da Computação.

⁴ Orientadoras, Professoras do Instituto de Farmácia e Nutrição - UNIFENAS.

⁵ Colaborador: Professor do Bacharel da Ciências da Computação.

⁶ Colaborador: Nutricionista do Restaurante dos Lagos da Universidade de Alfenas.

Apoio: UNIVERSIDADE DE ALFENAS (UNIFENAS)

INSTITUTO DE FARMÁCIA E NUTRIÇÃO

O principal processo patológico que conduz à doença do coração e dos vasos sanguíneos é a aterosclerose (AS). A forma mais prevalente da AS começa a desenvolver-se na adolescência e progride lentamente ao longo das décadas, obstruindo gradualmente a luz arterial e terminando por manifestar-se clinicamente como acidente vascular cerebral (AVC), angina de peito, infarto do miocárdio ou, como morte súbita. A literatura mostra que as doenças cardiovasculares são umas das principais causas de óbito na sociedade moderna. OBJETIVO: o presente trabalho visa analisar a prevalência dos fatores de risco para tais doenças em estudantes do 1º grau escolar. MÉTODOS E RESULTADOS: foram examinados 154 adolescentes entre a faixa etária de 10 a 14 anos completos, no ano de 1999. Os fatores de risco foram agrupados em três categorias: a) fatores potencialmente não-modificáveis como sexo e história familiar de doenças cardiovasculares; b) fatores potencialmente modificáveis como tabagismo, hipertensão arterial (PAS>140 e PAD>90), diabetes ; c) fatores com menor implicação prognóstica, como excesso de peso através do índice de massa corporal (IMC>25) e sedentarismo (indivíduos que não praticam qualquer tipo de exercício físico).

Os dados coletados foram transformados em percentuais, analisados e agrupados em suas respectivas categorias como mostra a tabela abaixo:

CONCLUSÃO: a análise dos dados da amostra estudada permitiu observar inúmeros fatores de risco para doenças cardiovasculares, tais como alto índice de indivíduos com história familiar e sedentarismo, bem como outros fatores que concorrem para a mesma em menor índice. Conclui-se que mudanças nos hábitos de vida da população em idades ainda precoces possam contribuir para prevenir essas doenças na idade adulta.

Faculdade de Ciências Médicas, Instituto de Odontologia e Ciências da Saúde, Universidade de Alfenas

Especialidade: Cardiologia 4.01.01.10 – 0

A.50 – Odontologia

A prevalência de doenças na população pode variar dependendo de diversos fatores, como a classe sócio-econômica, idade e nível de instrução. Certas patologias acometem principalmente camadas sócio-econômicas menos favorecidas (parasitoses; desnutrição e anemia carencial) enquanto outras doenças (depressão, hipertensão e obesidade) são observadas com frequência em grupos sócio-econômicos mais favorecidos. Alunos de odontologia de uma universidade particular representam esta última camada e desta forma podem estar expostos a algumas dessas doenças citadas acima. Avaliar semiologicamente os estudantes de Odontologia de uma universidade particular em relação a prevalência de doenças da infância, atuais e na família. Para tal avaliação, 89 alunos do curso de Odontologia responderam em uma ficha clínica usada pela disciplina de Estomatologia da Clínica Odontológica da Universidade de Alfenas - UNIFENAS. Através dos dados obtidos das fichas clínicas, foram identificados os seguintes resultados: Dentre os 89 alunos, 56(62.90%) eram mulheres e 31(38.20%) homens. A idade variou de 18 a 32 anos sendo a idade média 21 anos. As doenças da infância mais prevalentes relatadas pelos alunos foram, Varicela 74(83.0%), Caxumba 45(50.5%), Tonsilites 35(17.80%) e outra doenças incluindo: Hepatite A, Rubéola, Coqueluche e Pênfigo que corresponderam em conjunto a apenas 7(7.8%) do total de alunos. Os distúrbios atuais e pregressos mais encontrados em ordem decrescente de prevalência foram: Alergia 42(47.10%), Ansiedade 29(25.80%), Doenças Pulmonares (pneumonia e bronquite) 21(18.60%), Infecção Urinária 19(16.90%), Enxaqueca 16(17.90%), Gastrite 16(17.90%), Herpes Simples 15(16.80%), Síncopes 12(13.40%), Depressão 10(11.20%), Anemias 10(11.20%), Hemorragias 6(6.70%), Doenças Cardiovasculares (sopros, hipertensão e angina) 5(5.60%), Hepatites 5(5.60%). Das doenças relatadas nas famílias dos alunos entrevistados as mais comuns foram: Hipertensão 43(48.30%), Diabetes 30(33.70%), Alergia 29(32.50%), Cardiopatias 24(26.90%), Neoplasias Malignas 23(25.80%), Doenças Pulmonares 18(20.20%), outras doenças hereditárias (gastrite, hipertiroidismo e hipoparatiroidismo, doenças neurológicas, distúrbios de sangramentos, doenças renais e enxaquecas) 12(13.40%).

Foi concluído deste estudo que as doenças de infância mais prevalentes entre os alunos foram Varicela e Caxumba. Dentre as doenças pregressas e atuais, Alergia, Ansiedade e Doenças Pulmonares foram as mais frequentes nesta ordem, enquanto que a Hipertensão, Diabetes e Alergias foram as doenças mais prevalentes entre as enfermidades relatadas nas famílias dos alunos. Esse estudo demonstra a necessidade de se fazer este mesmo estudo de prevalência de doenças em diferentes camadas sócio-econômicas.

1 IniciaçãoCientífica, Universidade de Alfenas – UNIFENAS

2 IniciaçãoCientífica, Universidade de Alfenas – UNIFENAS

3 IniciaçãoCientífica, Universidade de Alfenas – UNIFENAS

4 IniciaçãoCientífica, Universidade de Alfenas – UNIFENAS

5 IniciaçãoCientífica, Universidade de Alfenas – UNIFENAS

Faculdade de Ciências Médicas – Universidade de Alfenas

A Fibromatose Gengival Hereditária (FGH) tem sido descrita como uma condição incomum, benigna e de crescimento lento. A FGH manifesta-se clinicamente por um aumento gengival firme, indolor, não hemorrágico, e de coloração rósea e pontilhado superficial característico. Por ser uma alteração rara e de caráter heterogêneo aos seus aspectos genéticos, a simples detecção da fibromatose gengival hereditária justificaria o grande número de descrições clínicas encontrados na literatura.

Alguns relatos da fibromatose gengival hereditária, entretanto, mostram heredrogramas incompletos onde a falta de dados familiares precisos torna duvidoso o seu diagnóstico. O objetivo deste trabalho foi descrever os aspectos da expressão fenotípica e avaliar clinicamente a fibromatose gengival hereditária nos indivíduos afetados em uma família do Sul de Minas. Foram confeccionados heredrogramas e tabelas de pacientes de uma família da cidade de Campestre – MG com alguns apresentando fibromatose gengival hereditária. Estes foram submetidos a anamnese e exames clínicos. Os pacientes portadores de FGH foram classificados arbitrariamente em graus I (leve), II (moderado), e III (grave); segundo a avaliação clínica.

O primeiro indivíduo a expressar o fenótipo era do sexo feminino, nascido em 1928, e 3 dos seus 5 filhos (2 homens e 1 mulher) eram portadores de FGH. Verificou-se que todo o grupo familial, incluindo os cônjuges, consistia de 38 pessoas, somando-se o primeiro indivíduo afetado da geração I. Dos 27 descendentes diretos 14 (51,8%) eram afetados e 13 (48,2%) não afetados. Os cônjuges representam 11 indivíduos (5 homens e 6 mulheres) do grupo familial. Dos indivíduos afetados, 9 (64,3%) eram homens e 5 (35,7%) eram mulheres. Análise dos 14 indivíduos afetados pela FGH, de acordo com o grau de severidade da alteração, demonstrou 6 (42,8%) indivíduos com grau I, 5 (35,7%) com grau II e 3 (21,5%) com grau III. Todos os indivíduos afetados são descendentes de afetados e, em nenhuma situação foi detectada a transmissão da alteração por um indivíduo não portador.

Neste estudo concluiu-se que: Dentre 27 descendentes de risco, a FGH foi transmitida a 14 indivíduos através de herança autossômica dominante. Os indivíduos afetados apresentaram a FGH como entidade isolada. A expressividade do gene é variável, encontrando-se dentro de uma mesma família, indivíduos com vários graus de severidade.

Faculdade de Ciências Médicas – Universidade de Alfenas

Instituto de Odontologia e Ciências da Saúde – Universidade de Alfenas

Instituto de Odontologia – Campus de Varginha – Universidade de Alfenas

Distúrbios psiquiátricos são alterações do funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC). Isto inclui o reconhecimento de que o SNC tem um número limitado de maneiras de responder a estresses, incluindo ansiedade, depressão, distúrbios do sono e/ou preocupações somáticas. A esquizofrenia e algumas formas de distúrbios afetivos constituem as principais doenças psicóticas, sendo a esquizofrenia caracterizada por um processo psicótico manifesto por distúrbios do pensamento e alterações da capacidade da resposta emocional. Esta inicia-se comumente no final da adolescência, apresentando uma forma aguda florida e outra crônica com menos sintomas produtivos. O objetivo deste estudo foi avaliar epidemiologicamente, de acordo com as normas e resoluções do Comitê de Ética e Pesquisa envolvendo seres humanos, as doenças encontradas no Serviço de Neuro-Psiquiatria do município de Alfenas - MG. Para tal avaliação foram revisados os prontuários de 150 (cento e cinquenta) pacientes, com idades variando entre 29 e 66 anos, sendo 65% dos internos do sexo masculino e 35% do sexo feminino. Dentre as principais alterações constatadas, verificou-se em ordem decrescente 62,5% de esquizofrenia, 12,5% de alcoolismo, 8,3% de transtornos mentais, 7,3% de epilepsia e esquizofrenia, 4,15% de demências mentais e 5,25% de outras alterações menos frequentes. Observou-se, ainda, que a esquizofrenia, como encontrado na literatura, foi a enfermidade mais prevalente em ambos os sexos, seguida de alcoolismo nos homens e epilepsia associada à esquizofrenia nas mulheres. A alta prevalência da esquizofrenia em pacientes neuropsiquiátricos é justificada pela sua cronicidade, necessidade de acompanhamento terapêutico e exclusão social. As demais alterações encontradas no Serviço Neuro-psiquiátrico analisado, contrário a esquizofrenia, encontram um amparo social maior e uma menor necessidade de acompanhamento médico, o que justifica sua menor ocorrência neste estudo e consequentemente no Serviço avaliado.

Instituição:

Faculdade de Ciências Médicas – Universidade de Alfenas - UNIFENAS

Especialidade: Psiquiatria - 4.01.04.00-1

Toxocara canis e Toxocara cati são ascaridídeos responsáveis por zoonoses reconhecidas entre o cão, o gato e o homem. Suas larvas são capazes de produzir, na espécie humana, um quadro clínico variável e inespecífico conhecido como Larva migrans visceral. Crianças, principalmente, podem apresentar manifestações graves como febre, eosinofilia, hepatomegalia, distúrbios oculares, pulmonares ou cardíacos. Em cães e gatos as infecções podem ser assintomáticas, ou haver manifestações de distúrbios intestinais como distensão abdominal e diarréia, além de outros sinais como pêlo opaco e perda da condição corporal. A infecção se dá através da ingestão de ovos provenientes das fezes de cães e gatos, em decorrência do contato dos indivíduos com animais parasitados ou com o solo contaminado. Vários estudos sobre a contaminação do solo com ovos de T. canis têm sido realizados nos Estados de Minas Gerais, Bahia, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, sendo observadas ocorrências que variam de 10 a 60% (Costa Cruz et al, 1954, Menezes, 1954, Ferreira et al, 1975, Chieffi e Muller, 1976). O objetivo deste trabalho é verificar a prevalência de ovos de Toxocara spp em solos de praças públicas (20) da cidade de Alfenas, Minas Gerais. Amostras de solo, com cerca de 250 g (de diferentes pontos de cada uma das 20 praças), estão sendo coletadas bimestralmente, processadas pelo método de Willis modificado (1921), e examinadas para a pesquisa de ovos de Toxocara spp. Os resultados preliminares obtidos das três coletas são os seguintes, em ordem temporal de coleta, foram 85%, 90% e 100% de prevalência de ovos de Toxocara spp, caracterizando elevada contaminação do solo das praças aumentando o risco da ocorrência de Larva migrans visceral na cidade de Alfenas.

^{1 IniciaçãoCientífica,} Bolsista PIBIC. Acadêmico do curso de Medicina Veterinária - UNIFENAS

² Docentes e Pesquisadoras - UNIFENAS

³ Docentes e Pesquisadoras – UNIFENAS

⁴. ^{IniciaçãoCientífica} Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária – UNIFENAS

⁵. ^{IniciaçãoCientífica} Acadêmicos do curso de Medicina Veterinária – UNIFENAS

⁶ Orientadora. Docente e Pesquisadora – UNIFENAS

Especialidade: Helmitologia