UNIFENAS - Gestão de Pesquisa e Pós-graduação
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Seminário de Iniciação Científica da UNIFENAS
  
NUTRIÇÃO
  
DETECÇÃO DE TRIPANOSOMATÍDEOS EM HYPOSTOMUS SP. (PISCES, LORICARIIDAE) E ESTUDO HISTOLÓGICO DE SUAS VÍSCERAS.

Coelho, Dulcimara Aparecida1; Semaan, Felipe Silva2; Maistro, Edson Luís3; Braga-Vilela, Antonella Sachsida4; Faria-e-Silva, Paulo Márcio de5; Fiorini, João Evangelista6.

Semelhante a outras classes de vertebrados, peixes teleósteos são hospedeiros de protozoários flagelados, parasitas da ordem Kinetoplastida. Considerando que o Trypanosoma cruzi, apresenta duas formas distintas no hospedeiro vertebrado, a tripomastigota circulante e a amastigota tecidual, e que o parasitismo dos tecidos é o principal mecanismo patogenético na Doença de Chagas, seria também possível esta ocorrência em peixes? O presente trabalho objetivou isolar tripanosomatídeos em cultura pura do sangue de Hypostomus sp, e através de cortes histológicos analisar suas vísceras quanto à presença de protozoários do gênero Trypanosoma. Foram analisados quarenta e oito peixes capturados na represa de furnas próxima de Alfenas. Um pequeno número de tripanosomatídeos semelhantes aos do gênero Trypanosoma foram encontrados parasitando o sangue de dois peixes, sendo estes obtidos em um rio do município de Paraguaçu-MG. Foram retiradas amostras de sangue de 1,5 ml de cada peixe para os sucessivos estudos, e inóculos em diversos meios de cultura testados. Os peixes infectados foram monitorados em aquário, e comparados à outros livres dos flagelados. Na tentativa de isolamento, foram usados principalmente um meio bifásico (ágar-sangue + Meio Complexo de Roitmam), e cultura de células + DME, dentre outros. Diferentes condições físico-químicas foram adotadas, porém não foi possível isolar os protozoários, uma vez que, poucos estudos têm sido feitos no sentido de se determinar condições ideais para o crescimento "in vitro" de tais microrganismos. As amostras de sangue, foram analisadas à fresco, e por coloração pelo método de Instant-Prov, proporcionando a observação de formas tripomastigotas à cada quarenta campos percorridos na lâmina, considerando que, em um dos peixes a infecção foi menor e por isso poucas formas foram encontradas. Também por microscopia óptica, estas formas não foram observadas nos cortes histológicos de aproximadamente 7mm de espessura das vísceras de ambos os peixes. Tendo em vista que muitos tripanosomatídeos do gênero Trypanosoma são patogênicos, estes detectados nos peixes em estudo, talvez pela pequena infecção, não foram encontrados em suas vísceras , como ocorre na maioria dos vertebrados com tripanosomíases.

Palavras-chaves: 1) Trypanosoma 2) Hypostomus sp 3) Tripanosomíases

1 Acadêmica do curso de Nutrição - 3° Período - EFOA
2 Colaborador - Acadêmico do curso de Farmácia - 7°Período - EFOA
3 Colaborador - Laboratório de Genética - UNIFENAS, Alfenas, MG
4 Colaboradora - Departamento de Ciências Biológicas - EFOA
5 Co-orientador - Departamento de Ciências Biológicas - EFOA
6 Orientador - Laboratório de Biologia e Fisiologia de Microrganismos - UNIFENAS, Alfenas, MG
    
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