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CARVALHO, Joao Batista Vieira de; Orientador(a) CAMPOS, Sarah Paranhos; Discente do curso de Medicina- Alfenas ALVES, Pedro Henrique Ribeiro; Discente do curso de Medicina- Alfenas OLIVEIRA, Lucas Junio Barbosa de; Discente do curso de Medicina- Alfenas TERRA, Saulo Santos Estrela; Discente do curso de Medicina- Alfenas |
INTRODUÇÃO: Esta síndrome é caracterizada pelo aprisionamento extrínseco da artéria poplítea causado pelo desvio de seu trajeto anatômico habitual ou compressão por estruturas musculotendinosas da fossa poplítea1. Ná na forma funcional ou adquirida, identifica-se hipertrofia dos músculos gastrocnêmios como possível causa do encarceramento e pode resultar em incapacitação para a prática esportiva1. O objetivo deste trabalho é descrever um caso com as manifestações clínicas pertinentes à Síndrome do Aprisionamento da Artéria Poplítea, atendido pelo serviço de Cirurgia Vascular do Hospital Alzira Velano. RELATO DE CASO: Paciente de 26 anos, sexo feminino, estudante de Medicina, natural de São Paulo,SP, procurou o serviço de Cirurgia Vascular com quadro de dor a deambulação por 30 metros, de início há 6 seis meses, típica de claudicação com piora recente. Ao exame físico observou-se pulsos diminuídos em membro inferior direito e presentes sem alterações em membro inferior esquerdo. Indice tornozelo-braço de 0,6. Pressão supramaleolar direita de 60 mmHg e Pressão arterial sistêmica de 120 mmHg. Solicitados dupplex scan que revelou fluxo trifásico em artérias femorais e poplítea supragenicular e monofásico em artérias distais da perna em MID; fluxo trifásico em todas as artérias de MIE. Solicitado então angio-ressonância magnética de MID que revelou estenose segmentar de a poplítea direita por banda fibrosa na fossa poplítea e reabitação de todas as artérias distais. Chegou-se ao diagnóstico de Síndrome do Aprisionamento da Artéria Poplítea (SAAP) clássica e foi indicação de tratamento com AAS 100 mg BID e cilostazol 100 mg BID.A paciente evoluiu com melhora do quadro e da dor com seis meses de tratamento e deambulação diária no plano diária durante 40 minutos. DISCUSSÃO: Não existe uma estimativa da incidência desta doença relativamente rara, porém um estudo de Gibson et al 2 mostra a presença da anomalia em 3,4% dos cadáveres dissecados. Como a SAAP é uma doença progressiva, capaz de gerar sérias complicações obstrutivas, quanto antes estabelecido o diagnóstico, melhores são os resultados a longo prazo8. Em relação à paciente atendida no HUAV, o diagnóstico precoce proporcionou boa resposta ao tratamento clínico, com controle dos sintomas, sem necessidade de intervenção cirúrgica. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 1.Almeida MJ, Yoshida WB, De Melo NR. Síndrome do aprisionamento da artéria poplítea. J Vasc Br.2003;2(3):211-19. 2. Gibson MHL, Mills JG, Johson GE, et al. Popliteal artery entrapment sydrome. Ann Surg. 1977;185:341-8. |
Palavras Chaves: 1) Aprisionamento vascular 2) Artéria Poplítea 3) Isquemia |
Fonte Financiadora: UNIFENAS |