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8 de julho de 2016

Docentes do NAP participam de palestra sobre metodologias inovadoras


Everton Marques
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Ana Valéria deixou uma reflexão para os docentes: “O aluno vem para a Universidade para sair diferente do modo como entrou. Ele não pode entrar e sair do mesmo jeito. Ele tem que sair modificado! E quem é responsável por essa modificação?”

Como forma de promover a reflexão sobre as práticas docentes, a UNIFENAS (Universidade José do Rosário Vellano) convidou Ana Valéria, integrante do Laboratório de Metodologias Inovadoras da UNISAL, para proferir palestra aos integrantes do NAP (Núcleo de Apoio Pedagógico) da Universidade. O tema em questão tratou justamente das “Metodologias Inovadoras de Ensino”.

A palestra ocorreu em dois momentos: na capital mineira, com a presença de coordenadores de curso e professores dos câmpus de Belo Horizonte e Divinópolis, e no câmpus de Alfenas, que também contou com representantes dos câmpus de Campo Belo e Varginha. De acordo com a professora Gerusa Dias Siqueira Vilela Terra, diretora de graduação da UNIFENAS, a instituição está atenta ao papel do docente no século 21, em que este, aos poucos, deixa a figura de quem transmite conhecimento para ser o facilitador.

O fato é que o aluno que chega à Universidade quer ser desafiado e tem muito mais acesso à informação do que aquele estudante de 10 anos atrás. Como afirma a professora, o acadêmico deve ser encarado de forma diferente e o cenário atual para a docência também é muito mais desafiador. “Nós, enquanto docentes, não somos mais detentores do conhecimento, precisamos é conduzi-lo [o aluno] no processo de aprendizagem.”

O encontro, por meio das palestras em Alfenas e BH, é uma das primeiras ações do NAP, criado em cada graduação da Universidade e que envolve a coordenação do curso e mais três professores. O Núcleo surge com a missão de “dar apoio à implementação de metodologias inovadoras na UNIFENAS”.



Ponderações da palestrante



A experiência da professora Ana Valéria diz que o NAP tem como foco o trabalho do docente, como ele está na sala de aula. O Núcleo auxiliará o professor na mudança de postura necessária para atender a uma educação que exige o protagonismo e autonomia dos alunos. “Hoje, com esse perfil que nós queremos de um aluno ativo, competente, que possa atuar com eficiência no mercado de trabalho, o professor é uma peça chave nesse processo. Então, ele vai ser esse mediador [do conhecimento] e o NAP vai auxiliá-lo muito neste sentido”, afirma a professora.

Ana Flávia, ao falar sobre as Medotologias Ativas, reconhece que a questão traz desconforto a alguns docentes. O motivo é que estão acostumados ao que se convencionou chamar de método tradicional. “Quando nós falamos em método tradicional, nós precisamos considerar alguns aspectos: existem professores que são excelentes neste método, são respeitados; os alunos têm um bom desempenho na sua disciplina. A questão é que hoje você precisa ouvir esse aluno, fazê-lo participar da construção do conhecimento. E esse professor só tem que entender que ele não é mais o ‘dono da sala de aula’”.

A palestrante acrescenta que o “repassar o conhecimento” deve ser substituído pelo “compartilhar o conhecimento”. “Porque se você compartilha das experiências dele, das angústias, das necessidades, dos desafios que ele enfrenta e você sabe trabalhar isso, mesmo que você, de imediato, não mergulhe em uma metodologia completamente diferente daquilo que faz, só o fato de dar voz a esse aluno já é um passo.”

Para a palestrante as metodologias ativas são como sementes, planta-se em um dia e nos demais acompanha o seu desenvolvimento passo a passo. “Vai ser devagar, mas vai florescer.” Para os docentes fica o conselho de que não devem temer uma metodologia inovadora: “Não devem temer o fato de que é necessário acompanhar as mudanças, de entender que esse aluno vem diferente para nós e que ensinar do mesmo jeito para todo mundo já não surte mais o efeito que se espera. O aluno vem para a Universidade para sair diferente do modo como entrou. Ele não pode entrar e sair do mesmo jeito. Ele tem que sair modificado! E quem é responsável por essa modificação?”.