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10 de maio de 2018

Concluída a primeira etapa do ProDDU

Aprendizado do aluno é objetivo principal do programa desenvolvido na UNIFENAS


Everton Marques
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“Paulo Freire dizia que a educação tem que ser libertária. E a única forma de promover essa liberdade no aluno é permitir que ele participe do processo educacional. Eu não posso dizer para ele o que pensar, como pensar, esse é um caminho que ele precisa tomar”. (Diego Amaro – professor do Laboratório de Inovação Acadêmica da UNISAL)

Desde setembro de 2017, a UNIFENAS desenvolve o ProDDU (Programa de Desenvolvimento Docente da UNIFENAS), em parceria com a Expertise Educação de São Paulo. A primeira etapa, que teve por objetivo capacitar coordenadores e professores dos Núcleos Docentes Estruturantes da Universidade em metodologias inovadoras, foi concluída com a apresentação do que já foi aplicado nos cursos da instituição.

Nos meses que se seguiram à implantação do Programa, os docentes tiveram contato com quatro metodologias: “Sala de Aula Invertida e o Modelo de Rotação”, “Team-based Learning (TBL)”, “Think Pair Share (TPS)” e o “Peer Instruction”. De acordo com o Professor Mário Sérgio Oliveira Swerts, pró-reitor acadêmico, a capacitação permitiu aos docentes ampliarem as metodologias de ensino centradas nos alunos e que promovem um ambiente propício à aprendizagem.

O pró-reitor destacou que a Universidade busca o ensino de qualidade para atender um aluno “mais ávido pelo conhecimento, mais conectado, que de fato quer informações e conhecimento rápido. Então, as metodologias inovadoras, que trabalham técnicas diferenciadas de ensino, focadas no aprendizado, coloca esse aluno, de fato, muito mais próximo da realidade profissional. Ele consegue adquirir mais habilidades e competências para justamente enfrentar o mercado de trabalho”.

As metodologias inovadoras colocam o aluno como protagonista do processo de aprendizagem e levam o professor a compreender qual é o seu papel no século 21. Como destacou o Professor Diego Amaro de Almeida, do Laboratório de Inovação Acadêmica da UNISAL e da Expertise Educação, no passado, quando o acesso à informação era restrita, os professores cumpriram o seu papel muito bem como transmissores de conhecimento. Hoje a informação está na palma da mão, o que exige um professor diferenciado. A professora Gerusa Dias Siqueira Vilela Terra, diretora de graduação da UNIFENAS, complementa: “Agora o professor precisa assumir um papel muito mais de mentor e para isso ele precisa compreender esse processo, precisa se capacitar nas metodologias ativas, precisa discutir, trocar experiências”.

Diego Amaro ressaltou que “o século 21 mudou, o mundo mudou! Mudou a nossa forma de pensar, a nossa forma de agir. As pessoas querem as coisas mais rápidas, soluções mais imediatas e não tem por que nós não pensarmos nisso dentro da educação. Mesmo porque é a educação que prepara o aluno para o mercado de trabalho, que é o mundo real”.

Questionado se a tarefa do professor de hoje é mais árdua, o docente da UNISAL disse que não se trata de ser mais penoso, mas, quando se tem um modelo, é mais fácil. “Isso que nós estamos fazendo não tem modelo. Nós estamos começando. Então, é claro, para aqueles que são pioneiros e esses professores que estão aqui no século 21 são os pioneiros, veem de uma realidade diferente. São imigrantes virtuais, não são nativos virtuais como os seus alunos; é uma tarefa difícil você criar algo novo, mas é essencial. Porque, somente esses, terão condições de fazer uma proposta coesa, uma proposta interessante para que a educação possa acontecer”, afirmou Diego Amaro.

O ProDDU foi criado para ser um programa continuo na UNIFENAS, a partir da primeira etapa novas propostas de capacitação serão desenvolvidas, como por exemplo, o processo de avaliação. Como disse a diretora de graduação, o primeiro degrau já foi escalado, e os docentes envolvidos agiram com “brilho no olhar. A gente tem que buscar a expertise externa, mas a gente tem condição e capacitação para construir a nossa expertise. Isto que a gente quer”, concluiu Gerusa Terra.



Metodologias usadas na capacitação:



1ª Peer Instruction (PI): “instrução entre pares”. Entendimento e aplicabilidade de conceitos, utilizando-se a discussão entre os alunos. A metodologia implica leitura prévia, questões pré-aula, exposição em sala de aula e questões conceituais.

2ª Team-based Learning (TBL): “aprendizagem baseada em times”. Entendimento e aplicabilidade de conceitos, utilizando-se a discussão entre os alunos. A metodologia implica formação estratégica de times, verificação da leitura prévia e aplicação de problemas.

3ª Think Pair Share (TPS): “Pensar, Compartilhar, Mostrar”. Entendimento e aplicabilidade de conceitos, utilizando-se a discussão entre os alunos. A metodologia implica verificação de leitura prévia, interação entre alunos, competência comunicativa oral e escrita.

4ª Sala de Aula Invertida e o Modelo de Rotação: os estudantes se preparam previamente para as atividades de sala de aula; em sala, praticam os conceitos aprendidos; em casa, revisam o conteúdo e estendem seu aprendizado. Modelo de rotação: um curso ou uma disciplina em que os estudantes alternam entre modalidades de aprendizagem em um cronograma fixo ou a critério do professor, em que pelo menos uma delas é o ensino on-line. Outras modalidades poderiam incluir atividades como ensino em pequenos grupos ou da classe inteira, projetos de grupo, tutoria individual e tarefas escritas. Os estudantes aprendem principalmente na escola física, exceto por alguma lição de casa. (fonte: pró-reitoria acadêmica)