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26 de abril de 2019

Time profissional do Boa Esporte passa por avaliação fisiológica na UNIFENAS


Everton Marques
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Atletas e comissão técnica do Boa Esporte com alunos e professores da UNIFENAS em uma das quadras do Centro Esportivo Universitário

Os titulares e reservas do time profissional do Boa Esporte, que ficou em quarto lugar no Campeonato Mineiro, passaram por avaliação que verifica o condicionamento fisiológico dos atletas. O “Teste VO2 Máximo” ou “Teste Ergoespirométrico” foi realizado na UNIFENAS, câmpus de Alfenas, por professores e alunos do curso de Educação Física, no dia 16 de abril.

Concentrados no Laboratório de Práticas Físicas e Avaliações do Centro Esportivo Universitário da Universidade, os atletas, com uma máscara na face, submeteram-se ao teste com duração média de 20 minutos de corrida em uma esteira, dando o seu máximo. O máximo mesmo, como salientou Renan Rocha, goleiro do Boa Esporte. “No final, que é o ápice, você acaba cansando, acho que mais as pernas, porque a esteira vai inclinando, daí chega uma hora que a máscara começa a não deixar você respirar e a gente acaba pedindo para pular da esteira, na verdade.”

Segundo o professor César Augusto Costa Rodrigues, esta avaliação fornece um parâmetro de como está o preparo físico do jogador e serve como referência para o treinamento durante a temporada. “É um teste que a gente aplica em atletas. Então, a gente os leva ao extremo do esforço Físico e é avaliada a frequência cardíaca e a respiração, a ventilação. Encima desses parâmetros, o sistema me dá um resultado de VO2 Máximo, ou seja, a capacidade máxima que eles têm de metabolizar energia vinda do sistema aeróbio.”

Para Altamir Júnior, preparador físico do time, a avaliação permite conhecer melhor o perfil do atleta a partir da precisão da informação obtida. “No caso, como a gente tem uma estrutura como essa à disposição, a gente sempre procura utilizar para que você possa estar minimizando o erro, maximizando performance e aumentando cada dia mais a sua capacidade. Para isso, precisa das informações, e as informações são adquiridas dentro das avaliações, nos protocolos de avaliação.”

A comissão técnica do Boa Esporte acompanhou a avaliação aplicada aos seus atletas pelos estudantes do curso de Educação Física. Os acadêmicos atuaram desde a coleta dados, como peso, estatura, percentual de gordura, frequência cardíaca, até a aplicação do teste. A interação com a comissão também resultou em crescimento profissional para os universitários, como afirmou Bruna Vigato Bernardes, aluna do 1º período de Educação Física. “A troca de experiência e conhecimento, principalmente que vêm da parte deles, dos conselhos que já fornecem para a gente que está começando, que está descobrindo em que área atuar, é bem bacana”.

No 7º período de Educação Física, Luciano José de Castro ressaltou que a parceria entre o Boa Esporte e a UNIFENAS é positiva para o crescimento profissional dos estudantes. “É fundamental você sair do ambiente de sala de aula e conseguir enxergar isto na realidade, no dia a dia. Conviver com um time, aqui no caso a gente está com o time profissional, ver como é procedimento para atuar com time profissional, você consegue ganhar um algo a mais, ter um algo a mais, por ter esse conhecimento complementado com essa prática.”



Testes ampliados



Além do “Teste Ergoespirométrico”, os jogadores fizeram o “Teste de Wingate”, que determina o máximo de potência que o atleta consegue gerar em 30 segundos e qual o tempo de fadiga após o esforço máximo realizado em uma bicicleta de avaliação física e performance esportiva. Os dados coletados nos dois testes, somados a outros já realizados em Varginha, ajudarão a comissão técnica no planejamento da preparação física, como destaca Robert Yoshio, fisiologista do Boa Esporte. “A gente trabalha com a ciência, não com empirismo, se a gente trabalhar com achismo não consegue nada. A gente, através dessa ciência, dos resultados dos testes junto à Universidade, direciona como que vai ser realizado o trabalho de cada atleta”.

A parceria da Universidade com o Boa Esporte só foi possível graças à recente reestruturação do Laboratório de Práticas Físicas, que já desenvolvia outras avaliações, segundo o professor Yvan Fernandes Vilas Boas, coordenador do curso de Educação Física. “A gente já fazia avaliações antropométricas e agora faz antropométricas e físicas. Então, é espirometria, teste de força, teste de capacidade aeróbia. A gente apenas ampliou o nosso leque de possibilidades.”

Cézinha, até então Técnico do Boa Esporte, acredita que a parceria beneficia jogadores e universitários. “Eles [estudantes] têm os aparelhos necessários e é tão bom para o Clube quanto para a Universidade, porque também os alunos estão vendo aquilo que é de importante na parte física de cada atleta profissional.”

A avaliação na UNIFENAS é parte da preparação da equipe para a sua estreia no Campeonato Brasileiro da Série C. O primeiro jogo está marcado para o dia 27 de abril, contra o Remo, em Belém, no Estado do Pará. O volante Cézar Sampaio está confiante para o início dos jogos. “Acabamos de encerrar a competição aí, o Mineiro, que a nossa equipe foi bem, chegou como campeã do interior. E acho que é só dar continuidade, que o trabalho está sendo bem feito.” Renan Rocha, goleiro do Boa Esporte, complementa: “É bom a gente ter um lugar como esse [UNIFENAS] que nos abre as portas para poder nos preparar para a próxima competição”.